Fábricas de caminhão desenvolvem projetos para reduzir poluente

Pelos 1,72 milhões de quilômetros de estradas e rodovias do Brasil passam 62% de todas as cargas que são produzidas no País e circulam 2,2 milhões de veículos pesados. E cabe à indústria automobilística fazer com que esta imensa engrenagem continue a funcionar, porém, jogando cada vez menos poluentes no ar.

Desde 1986 funciona no País o Proconve (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores), que tem como principal objetivo reduzir gradativamente a quantidade de emissões geradas pelos brutos. Em janeiro entra em funcionamento o Proconve P8, que é semelhante ao Euro 6, norma que estará vigente nos países europeus. E está quase obsessão pelo refreamento da poluição do ar vai dar o tom da Fenatran (Feira Nacional do Transporte), que começa ontem, no São Paulo Expo, e vai até sexta-feira.

A Mercedes-Benz, de São Bernardo, levará para a Fenatran os modelos Accelo, Atego, Actros e Arocs, que virão equipados com motores compatíveis com a norma Proconve P8, tecnologia que recebeu a denominação de BlueTec 6. No desenvolvimento dos novos propulsores, a montadora realizou testes que perfazem 5,4 milhões de quilômetros rodados no campo de provas e nas ruas, além de 20 mil horas de testes de durabilidade em bancos de prova e utilizou cerca de 250 protótipos de motores.

A empresa, inclusive, montou em São Bernardo um laboratório para análise de motores e desenvolveu um laboratório móvel, que pode ser instalado no caminhão dos clientes para análise de desempenho durante o uso real. Isso porque com o Proconve 8, com 700 quilômetros ou 7 anos de uso, as emissões terão de ser as mesmas de quando o bruto era zero quilômetro. E o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), responsável pelo Proconve, poderá solicitar a medição quando achar necessário.

Do DGABC