Fala Wagnão – 1 ano da reforma Trabalhista
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Ao completar um ano de vigência da reforma Trabalhista, nada do que constava no discurso de seus defensores se concretizou. Os dados só comprovam que a reforma não era para gerar empregos muito menos reduzir a informalidade, como diziam.
A medida foi prometida para gerar dois milhões de empregos em 2018 e 2019. Neste primeiro ano foram criados 298.312 vagas, de acordo com o Ministério do Trabalho. Está muito longe dos anos em que o país registrou pleno crescimento econômico e geração de empregos de qualidade. Hoje cada um tem alguém em casa ou na família desempregado.
A informalidade só aumentou, com 11,5 milhões de brasileiros, 532 mil trabalhadores a mais do que no ano anterior sem direitos trabalhistas.
As ações na Justiça do Trabalho caíram 36%, mas não por um bom sinal de respeito dos patrões aos direitos. Com a reforma, a parte perdedora arca com os custos do processo todo, o que inibe o trabalhador na busca pelos seus direitos.
A aprovação da reforma Trabalhista tinha o objetivo claro de retirar direitos dos trabalhadores e aumentar o lucro dos patrões.
Há um ano, neste mesmo espaço, falamos sobre a mudança nas relações de trabalho, feita sem ouvir os trabalhadores, parte essencial do processo, para precarizar e levar ao empobrecimento da população.
Agora, um ano depois, o governo eleito já mostrou que virá para aprofundar ainda mais o desmonte nos direitos. Em plena campanha, defenderam o fim do 13º salário e do adicional de férias e a introdução de uma carteira verde e amarela, sem direitos, sem a aposentadoria pelo INSS. É a maneira perversa de passar por cima dos trabalhadores ao regularizar o que é trabalho informal e precário.
Eleitos, já anunciaram que vão acabar com o Ministério do Trabalho. As atribuições da pasta serão incorporadas ao “superministério” de Paulo Guedes, ultra liberal que defende os interesses dos grandes empresários e multinacionais, em um “pacotão” de retirada de direitos.
Nós, metalúrgicos do ABC, resistiremos. À luta, companheiros e companheiras.
Da Redação.