Fala Wagnão – A crise que se arrasta por uma ponte sem futuro
Foto: Adonis Guerra
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, divulgou uma pesquisa sobre a situação do trabalhador brasileiro: falta emprego para 26,3 milhões de pessoas.
O número inclui pela primeira vez, a população definida como desalentada, ou seja, aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
O contingente de desalentados em 2017 chegou a 4,3 milhões, o maior da série histórica iniciada em 2012.
O estudo apagou o sorriso irônico de Temer ao declarar que o desemprego vem caindo no Brasil, na realidade o que diminuiu foi a quantidade de pessoas que estão procurando um posto de trabalho, tamanha é a descrença em consegui-lo.
Esse cenário de desilusão está sendo reforçado pelos efeitos das reformas promovidas pelo governo golpista, como a PEC dos Gastos e a reforma Trabalhista.
Até o neoliberalismo no Brasil é capenga. Não há políticas públicas para incentivar os investimentos e os empresários não confiam na tal ‘ponte para o futuro’.
O Estado não investe e ainda contribui com a recessão, além de não ter credibilidade. As empresas perderam a capacidade de investimento, já que se endividaram quando o dólar estava baixo e agora, com a alta, estão quebrando.
Com todos esses ingredientes, sem nenhuma luz no fim do túnel, o Brasil será o último país a, talvez, sair da crise.
Da Redação.