Fala Wagnão: Governo atabalhoado gera mais crises do que soluções

Não temos como falar sobre economia sem falar sobre as expectativas das pessoas.

Quando as pessoas acompanham, com maior ou menor grau de compreensão, o que acontece na economia do Brasil, cada um tem esperança de que os índices apresentem uma perspectiva de melhora, coisa que não está acontecendo de forma alguma. Os números provam isso.

Quando o próprio Banco Central e as entidades especializadas na economia do Brasil rebaixam a expectativa do PIB para 1,24%, com tendência de ladeira abaixo, isso aponta que não há razão para esperança.

Quando o desemprego atinge 13,4 milhões de pessoas, com a média de 50 semanas para um trabalhador desempregado conseguir um novo emprego, sendo que o ano tem 52 semanas, isso aumenta a desesperança em um futuro melhor.

Já ouvimos essa história de salvação da pátria. Antes a salvação seria mudar de governo, tirar a Dilma. Prometeram à sociedade que a reforma Trabalhista geraria empregos, mas, pelo contrário, está gerando mais e mais desemprego.

A nova promessa é que a reforma da Previdência seja a salvadora da pátria. Agora, ao invés de um salvador da pátria, assistimos um governo atabalhoado que não consegue governar este país e que tem gerado muito mais crises do que soluções para a situação de penúria em que vive a população brasileira.

Não é só em relação ao presente. A reforma da Previdência aponta para um futuro de desesperança, do aumento da miséria e da desigualdade, e não para um projeto de país. Esse governo reduz toda a aposta de futuro das novas gerações, com cortes drásticos na educação da ordem de 30%.

Por isso, milhões de brasileiros, estudantes e trabalhadores, foram às ruas no último dia 15. O governo quer que o Brasil se resuma a mero produtor de soja, arroz e ferro para exportação, aumentando assim a miserabilidade do povo brasileiro.

Este não é o país que queremos. Queremos educação, emprego e crescimento. É por isso que voltaremos às ruas no dia 30. Tudo o que está acontecendo neste governo aponta para o sentido contrário. Não é o governo da classe trabalhadora.

Por tudo o que defendemos, reforçamos a necessidade de construir, no dia 14 de junho, uma greve geral como jamais vista neste país.