Fala Wagnão: Mulheres e juventude – Contra a barbárie, uma política de paz
Wagnão destacou o protagonismo das mulheres na decisão destas eleições e a necessidade de políticas para a juventude
Entendo que o espaço de fala hoje deve ser compartilhado com as mulheres e com a juventude para que possamos juntos tratar desses dois temas tão importantes nessas eleições. Por isso, dialógo nesta coluna com as comissões que as representam.
As questões de gênero e as políticas voltadas para os jovens têm sido cada vez mais debatidas pelos candidatos, isso muito em função das cobranças tão necessárias feitas pelas próprias mulheres e pelos jovens. E não dá para falar sobre o protagonismo delas nessas eleições sem citar o ato do último sábado que levou milhares de pessoas às ruas em cidades de diversos estados do país e também fora do Brasil.
As integrantes da Comissão das Metalúrgicas do ABC lembraram que as mulheres são mais da metade da população brasileira e que apesar de não se verem representadas no Congresso, que ainda é majoritariamente ocupado por homens, se viram representadas nas ruas no movimento #EleNão organizado pelas redes sociais.
Elas destacaram que no momento decisivo a mulherada mostrou de que lado está. E lembraram que o movimento criado por mulheres contou com a solidariedade dos homens, os companheiros, que estiveram juntos na luta para mostrar que essa é a hora da união contra o machismo explícito nas falas e atitudes de candidaturas fascistas. Ao contrário do discurso de ódio presentes na campanha e também nas falas dos apoiadores dessas candidaturas, o ato pregou a paz e o respeito.
Não nos cabe aqui disseminar ainda mais esse ódio, pelo contrário, nossa posição sempre foi pela igualdade e pela defesa de que a eleição seja disputada num ambiente democrático no qual prevaleça o debate de ideias. E são justamente as ideias retrógradas e preconceituosas que devem ser combatidas nas urnas.
Sabemos que a luta por direitos, principalmente a das mulheres, é antiga e que apesar dos avanços muito ainda precisa ser conquistado. Por isso é tão importante votar em candidatos que tenham compromisso com esses diretos e também com a ampliação deles, por meio de políticas que promovam a autonomia econômica das mulheres, a igualdade de oportunidades e isonomia salarial.
Além do respeito e da política de valorização das mulheres, defendemos junto à Comissão da Juventude Metalúrgica do ABC um governo que olhe com atenção para os jovens, as futuras gerações de trabalhadores que moverão este país. Geração essa que está hoje, em boa parte, mergulhada no desemprego e precisa de estímulo com educação qualificada e trabalho decente.
Mas pensar políticas para a juventude é muito mais que isso. É preciso que as escolas sejam locais de desenvolvimento do pensamento crítico por meio da prática da cultura, do esporte e do lazer. Outro ponto muito importante que não pode ficar fora da pauta é a educação profissional, assunto que abordaremos em outra coluna nesta semana.
No momento, precisamos ter claro que não podemos colocar para exercer o posto mais alto de poder no país quem não valoriza a qualificação profissional e desmerece o ensino superior, baseando sua pregação eleitoral no ódio, no machismo, na homofobia e no racismo. Somos pela igualdade, sempre e para todos!