Fala Wagnão: Se esta é a nova política, estamos mesmo fadados ao fracasso

Hoje o Brasil parou por duas vezes, às 11h da manhã para ouvir o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, e às 17h para ouvir a resposta do presidente Jair Bolsonaro. Raros foram os momentos em que na história deste país se gastou tanto tempo do povo brasileiro para ouvir tanta mediocridade. Os dois discursos, que pareciam mais uma lavagem de roupa suja, é debate que deveria se restringir aos gabinetes dos poderes.

A utilização desses espaços deveria servir para tranquilizar o povo que já luta bravamente e isoladamente contra um inimigo invisível, e não para trazer à tona o que há de mais podre na política brasileira.

O que assistimos e o que a mídia reproduzirá é o que podemos chamar de mais torpe, mais baixo e mais vil nas relações de poder de um governo que se elegeu prometendo acabar com a “velha política”. Se esta é a nova política, estamos mesmo fadados ao fracasso. Se esta é a forma de governar, o Brasil é de fato hoje um barco sem rumo e sem capitão. E sem direção para seu povo sofrido, humilhado nas filas dos bancos atrás de uma renda mínima para sobreviver, num momento tão crítico pelo qual passa a maioria das famílias brasileiras que hoje choram a morte de muitos entes queridos.

O povo brasileiro pela sua força, por ser guerreiro, não merece isso, não merece o presidente que tem e também não merece o ministro, que até ontem era seu comparsa, e agora sai dando início a estas discussões.

Pelas acusações feitas nos dois discursos, o Brasil merece que os órgãos competentes e o Congresso, que é o representante do povo, investiguem as delações feitas por ambas as partes. Tais acusações feitas por essas autoridades, não podem passar em branco.

Por outro lado, temos sim que, a partir desse instante considerar que estamos por nossa conta, por nossos meios para combater essa pandemia e os resultados econômicos catastróficos que ela anuncia para o Brasil.

Os dois senhores que protagonizaram esse espetáculo bizarro não têm as competências necessárias para conduzir este país que tanto precisa de liderança e dos esforços dos nossos governantes para acalentar esse povo tão sofrido. Esperamos que esta discussão que começou nos porões de Brasília seja encerrada pelos instrumentos constitucionais vigentes.

Quanto a esses senhores, já que eles não querem a responsabilidade de cuidar das famílias brasileiras, permitam que nós, por meio dos nossos esforços, nossas propostas e da disposição de guerrear, possamos conduzir este país, de fato, para um futuro melhor que todos merecemos.

O que assistimos hoje não mereceria uma nota, mas, infelizmente, vieram a público por ações e discursos protagonizados por pessoas que influenciam a política deste país.

Nós não precisaríamos neste momento tão crítico ter que passar por mais isso. O que flagela hoje a nossa população é o avanço da pandemia do Covid-19. As projeções apontam para os próximos dias que muito mais mortes e pessoas adoecidas farão parte da triste lista de milhares de famílias que já sofrem com essa doença.

Por esta urgência e prioridade de cuidar da vida das pessoas, esses senhores que encenaram este espetáculo horroroso no dia de hoje não merecem a exposição e o cargo que ocupam.