Falta de chips para carros novos deve durar até 2023, dizem especialistas

Mesmo com esforços, crise dos microchips seguirá ao longo de 2022. Estima-se uma perda de R$ 319 bi na indústria só em 2021

No fim de 2020, as indústrias automobilística e de tecnologia foram atingidas por uma crise sem precedentes. Por causa da pandemia da Covid-19, que paralisou fábricas em todo o planeta, começaram a faltar semicondutores, os chamados chips. Porém, a previsão não é das mais otimistas. É possível que essa escassez dure, ao menos, até 2023.

Há pouco tempo, a GM precisou interromper a linha de produção do Onix e Onix Plus na fábrica de Gravataí (RS) por falta de microchips para os carros. Acontece que esta é a tendência para as indústrias em geral: terem um abastecimento irregular ou em menor quantidade dessas peças.

Sobre isso, Glenn O’Donnel, vice-presidente da empresa de análise de mercado, Forrester, afirmou que a insuficiência do componente vai durar até 2023. “Porque a demanda seguirá em alta, e o abastecimento restrito. Assim, esperamos que a escassez dure ao longo de 2022 e 2023”, disse.

Uma consequência que virá a curto prazo para o bolso do consumidor será o preço mais alto do produto. No caso do setor automotivo, a fabricante pagará mais caro para obter os semicondutores, bem como precisará arcar com a despesa da interrupção da produção. Dessa forma, a expectativa é de que os preços dos veículos, assim, subam rapidamente.

Do Jornal do Carro