Falta de chips persiste no Brasil, mas fica menos grave

Segundo Abinee, 47% das fábricas de eletrônicos ainda têm atrasos na produção por falta de chips

Um ano e meio após a primeira fábrica parar no Brasil por falta de semicondutores, a escassez desse e de outros itens segue como principal gargalo de produção das indústrias, mas sem o impacto de antes. Enquanto as fábricas de carros reativam turnos, o número de empresas de eletrônicos obrigadas a parar parte da produção é o menor desde que os chips começaram a faltar no mercado.

Nas fábricas de aparelhos eletroeletrônicos, como celular, notebook e TVs, só 2% pararam parcialmente a produção em agosto por falta de componentes, segundo a Abinee, associação que representa o setor. Desde fevereiro de 2021, é o menor porcentual de empresas parando parte da produção.

Isso não significa que as dificuldades ficaram para trás. O levantamento feito pela Abinee mostra que 47% das fábricas de eletrônicos ainda têm atrasos na produção por falta de chips. Em meados de 2021, quase metade das montadoras parou, e quatro meses atrás mais da metade das fábricas de eletrônicos tinham a produção prejudicada.

A melhora no abastecimento está relacionada à desaceleração da economia global, que diminui o desequilíbrio entre oferta e demanda, permitindo o deslocamento de peças ao Brasil. Após a reabertura do porto de Xangai, fechado por dois meses, a produção de veículos no Brasil também subiu e, em agosto, foi a maior em 21 meses.

Do Mercado & Consumo