Falta de mão de obra qualificada faz sobrar vagas
Resultado é culpa das escolhas feitas pelo governo do PSDB, que não investiu no ensino profissional
Levantamento feito pela Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, com as 76 maiores companhias do Brasil apontou um resultado preocupante.
Das empresas pesquisadas, 67% enfrentam a escassez de mão de obra especializada, apesar dos 8 milhões de desempregados no País.
Depois de atingir a construção civil e a indústria naval, agora a falta de profissionais se espalha por setores como o automobilístico, ferroviário, moveleiro, siderurgia e metalurgia, transportes e serviços.
Motivos
Isto acontece porque entre 1994 e 2002, o governo FHC optou por não investir no ensino profissional, repassando para a iniciativa privada essa tarefa.
O que se viu, então, foi o desmonte e o fechamento das Escolas Técnicas Públicas e o surgimento de inúmeras universidades privadas de má qualidade.
Hoje, os resultados colhidos são culpa das escolhas feitas durante o governo tucano.
Apesar da política em relação ao ensino profissional ter mudado com o governo Lula, ainda estão em formação os profissionais que poderão suprir as demandas que já estão chegando hoje.
Solução
A solução para esse espaço entre a procura e a oferta de profissionais pode estar na qualificação dos que já estão no mercado de trabalho à espera de uma oportunidade.
Investir em educação é uma obrigação do Estado, mas corrigir os desmandos de uma escolha equivocada em que muitos ganharam milhões será uma tarefa da iniciativa privada.
Cabe saber se nesse processo o que se assistirá será novamente o enriquecimento dos grandes grupos educacionais privados, ou o setor produtivo assumirá como sua essa tarefa de trazer para dentro das fábricas aquilo que os neoliberais tiraram de dentro das boas escolas profissionais públicas.
Da redação com O Estado de S. Paulo