Falta de semicondutores gera problema na transição do Proconve
Montadoras encerrarão o ano com veículos incompletos da fase L6 em seus pátios
A escassez de semicondutores está gerando um problema adicional para a indústria automotiva brasileira, que passa a conviver, a partir de 1º de janeiro próximo, com a nova fase do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), a L7. As montadoras terão, na virada do ano, veículos produzidos nos parâmetros da fase L6 que, por estarem incompletos, não poderão sair dos pátios das fábricas.
“As empresas já estão negociando com os devidos órgãos do governo e a Anfavea está dando apoio para que se encontrem soluções para esse problema”, comentou o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, na segunda-feira, 6, por ocasião da divulgação do balanço do setor.
A entidade não tem um levantamento sobre o número de veículos incompletos nos pátios das montadoras, mas garante que o volume tem se mantido alto nos últimos meses. A fase L7 do Proconve determina que as fabricantes só têm até este mês de dezembro para produzir os carros com emissões da fase L6, ou seja, a partir de janeiro só podem ser entregues os veículos enquadrados nos novos parâmetros de emissão de poluentes.
As mudanças que entram em vigor no dia 1º de janeiro serão as maiores dos últimos anos e não incluem apenas ajustes nos motores. Também há novas exigências de emissão evaporativa de gases já na entrada do tanque de combustível e os índices de emissões terão que ser válidos por mais tempo – dez anos ou 160 mil km, em vez dos 80 mil km da fase L6.
Do AutoIndústria