Falta de veículos provoca queda nas vendas em junho
No semestre, devido às medidas adotadas em 2020 por causa da Covid-19, crescimento supera 32%
A demanda existe, tanto é que vários modelos têm fila de espera hoje na rede de concessionárias. Mas as montadoras não estão conseguindo suprir o mercado adequadamente por causa da falta de semicondutores e outros componentes, que tem paralisado linhas e suspendidos turnos no setor.
Segundo fontes do varejo, com base em números do Renavan, houve 170,4 mil emplacamentos de automóveis e comerciais leves no mês passado, ante cerca de 175,5 mil em maio, uma queda na faixa de 3%. O índice é até pequeno, mas maio já tinha sido afetado pela escassez de produtos, assim como os meses anteriores. No final do ano passado a indústria superou a casa dos 200 mil veículos em vendas, patamar que já teria sido retomado se houvesse normalidade no setor.
O balanço é positivo no acumulado do semestre porque no ano passado a indústria praticamente parou em abril, maio e parte de junho devido às medidas de isolamento social impostas pela chegada da Covid-19 no País. Foram comercializadas 1.011.266 unidades nos primeiros seis meses do ano, ante os 763,3 mil do mesmo período de 2020, o equivalente a uma expansão de 32,4%.
O crescimento é ainda mais expressivo no comparativo de junho deste ano contra junho de 2020, quando foram vendidos apenas 122,7 mil veículos leves. Nesse caso a alta supera 38%. O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, vai divulgar os dados oficiais do setor na sexta-feira, 2, incluindo também os dados relativos aos caminhões e ônibus, implementos e motocicletas.
Do AutoIndústria