Faltam 18 mil carros para o recorde histórico de vendas de carro

Das duas uma: ou o consumidor está pensando que o IPI voltará de uma vez em outubro ou quer economizar o 1,5 ponto percentual de aumento previsto para esta quinta-feira

O governo definiu com antecedência as regras para o retorno do imposto, será gradual, começando com 1,5 ponto em outubro e chegando em janeiro com os tradicionais 7% para carros até 1000cc e 11% para carros de 1001cc a 2000cc flex. No entanto, essa estratégia não eliminou a corrida às revendas. A média de vendas neste mês é de 13.553 unidades diárias. Na terça-feira (29) foram licenciados 18.966 carros e comerciais leves, a maior venda diária de toda a história da indústria. Basta que esse número se repita nesta quarta (30) para que setembro também seja o melhor mês da história. Será.

Os empresários estão pressionando o governo para a manutenção de isenção do IPI para vários produtos. A Fiesp faz gestões para que a linha branca – refrigeradores, fogões, máquinas de lavar, aparelhos eletrodomésticos – e materiais de construção continuem isentos. Mas a Anfavea – a associação dos fabricantes de veículos, já tem a planilha definida do retorno do IPI para o setor.

Toda vez que existia uma expectativa de retorno do imposto, houve um acorrida às revendas. Isso aconteceu em março, depois em junho e agora em setembro. Todos esses meses baterem recordes de vendas. Portanto a previsão é de que a procura deverá ser grande também nos próximos meses. Diante de uma perspectiva do aumento de mais 1,5 ponto percentual em novembro, certamente quem não comprou em outubro será incentivado a fechar o negócio no mês que vem, o mesmo devendo acontecer em dezembro, já que em janeiro o retorno do IPI será total.

No acumulado do ano, as vendas devem fechar com 2,2 mil unidades, um crescimento de 5% em relação ao período janeiro-setembro do ano passado.

Da Agência Auto Informe