Famílias fazem ato em memória das vítimas da covid. Com críticas ao governo
Avenida Paulista teve inauguração de painel. Casos se aproximam dos 35 milhões, mas continuam mostrando tendência de redução
O país registrou 1.636 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados deste domingo (23) do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), levando o total para quase 35 milhões (34.783.786). Também foram confirmadas oito mortes, somando agora 687.574 desde o início da pandemia.
Ontem, familiares de vítimas da covid fizeram manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo. E inauguraram um painel com corações desenhados. A atividade foi organizada pela Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico) e pelo projeto “Eles poderiam estar vivos”. Teve apoio ainda da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e das Organizações Indígenas da Região Sudeste do Brasil (Arpin-Sudeste). Com muitas críticas ao governo Bolsonaro.
“Não podemos esquecer que enquanto chorávamos a perda das nossas pessoas mais amadas – eu, por exemplo, perdi minha mãe –, o presidente zombava de quem estava morrendo com falta de ar porque não havia respiradores suficientes para atender a todos os internados, duvidava da ciência, espalhava informações falsas, incentivava a aglomeração de pessoas e desaconselhava o uso de máscara”, afirmou ao portal g1 a presidenta da Avico, Paola Falceta.
Média móvel cai
As informações do Conass mostram certa estabilidade no número de registros nos últimos, mas com tendência de redução quando se considera um período mais amplo. A média móvel de casos está agora em 4.961, ante 6.477 em 23 de setembro e 15.720 em 23 de agosto. Em igual período de janeiro, era de 149.085. Assim, em comparação com o início do ano, a média caiu 96,7%.
Já a média móvel de óbitos, hoje, está em 60. Era de 64 em 24 de agosto e de 159 em 23 de agosto. E somava 293 em janeiro – redução de 79,5% desde então.
Quase 182 milhões de brasileiros receberam a primeira dose da vacina (84,7% da população). E 171 milhões tiveram a segunda ou a dose única (79,6%). Já a dose de reforço chegou para 105 milhões (48,8%).