Famílias mantêm poder de compra com reajuste de benefícios

O governo federal decidiu reajustar os benefícios para manter o poder de compra da população atendida e reforçar a distribuição de renda entre as famílias brasileiras

Os mais de 11,9 milhões de lares brasileiros assistidos pelo programa Bolsa Família já estão recebendo, em setembro, os benefícios reajustados. Com o aumento de 10%, o benefício médio passa de R$ 86 para R$ 95. O governo federal decidiu reajustar os benefícios para manter o poder de compra da população atendida e reforçar a distribuição de renda entre as famílias brasileiras. Os novos valores incorporam 6% de variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), entre julho de 2008 e junho de 2009, mais 4% de ganho real, destinados a consolidar a estratégia de redução das desigualdades individuais e regionais.

O aumento significa R$ 99,1 milhões a mais em relação ao pagamento de agosto. Serão transferidos, até 30 de setembro, mais de R$ 1,1 bilhão às famílias atendidas em todo o Brasil. “O reajuste protege o poder de compra das pessoas mais pobres, mantendo aquecido o mercado interno, o que ajuda diretamente as pequenas economias, barrando o ciclo da crise”, afirma o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias.

Com a recomposição, o benefício básico, pago às famílias com renda familiar de até R$ 70 por pessoa, subirá de R$ 62 para R$ 68. Já o benefício variável, pago de acordo com o número de crianças, passará de R$ 20 para R$ 22 e o recurso vinculado aos adolescentes, de R$ 30 para R$ 33. Os dois benefícios variáveis são pagos a toda população cadastrada que se enquadra no perfil do programa (renda mensal de até R$ 140 per capita), mas são limitados a três crianças e a dois adolescentes por família. Todos precisam cumprir as condicionalidades: freqüência escolar de 85% para alunos dos 6 aos 15 anos e de 75% para adolescentes de 16 e 17 anos; vacinação infantil e acompanhamento do pré-natal.

Bolsa Família – Presente em 11,9 milhões de domicílios pobres de todos os municípios brasileiros, o programa é considerado um instrumento para redução gradual das desigualdades regionais. Do total de famílias atendidas em setembro de 2009, mais de 5,9 milhões residem na região Nordeste e cerca de 1,2 milhão na região Norte, áreas que concentram pobreza no Brasil. Cálculos realizados pelo MDS indicam que o reajuste poderá contribuir com a redução do Índice de Gini (que mede a desigualdade) do Brasil em 2,37%.

Do Em Questão