Faturamento do comércio varejista deve crescer 4% em 2013
O faturamento do comércio varejista deve encerrar o ano de 2013 com alta de 4% ante o período anterior e alcançar R$ 502,1 bilhões, mostrou relatório divulgado hoje (11) pela FecomercioSP.
Para o diretor-executivo da Federação, Antonio Carlos Borges, o desempenho do comércio no ano revela recuperação tímida, já que ocorreu sobre uma base bastante depreciada. Em 2012, o aumento da receita real de vendas do varejo foi de apenas 0,4% em comparação a 2011.
Borges atribui o desempenho deste ano à alta da inflação concentrada em alimentos, ao maior endividamento das famílias em meio a um período de alta dos juros e de um ciclo inferior da renda em comparação com os anos anteriores.
Este cenário negativo, aliado ao sentimento de insatisfação social visto nas ruas nos meses de junho e julho, reduziu a confiança de empresários e consumidores.
Índices de confiança
Em 2013, o índice de confiança do consumidor (ICC) caiu 9,6% em média, em relação a 2012. A confiança do empresário (ICEC) perdeu 1,79% na mesma base de comparação, e o índice de intenção de consumo das famílias teve pontuação média de 128 entre janeiro e dezembro, o pior desde o início da série histórica, em 2009.
Para os próximos anos, o executivo afirma que não há muito espaço para expansão desses indicadores, acrescentando ainda que, mesmo com a acertada política de aumento de juros, a inflação ainda é um risco para 2014 devido ao comportamento do câmbio.
Copa do Mundo
Em 2014, a FecomercioSP acredita que o comércio deve manter o ritmo de crescimento menos acentuado, mesmo com a realização do evento. A estimativa da Federação é que a receita real de vendas do varejo cresça 3% sobre 2013, abaixo do índice a ser alcançado neste ano.
Para Borges, o reajuste real do salário mínimo, que será menor em 2014 – próximo de 0,9%, e o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) tendem a impactar as vendas na cidade de São Paulo, responsável por quase um terço do mercado paulista.
Desempenho setorial
O segmento que impulsionou as vendas do varejo neste ano foi o de eletrônicos e eletrodomésticos, em decorrência de um conjunto de medidas de estímulo, como manutenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) reduzido para a linha branca e o aumento da oferta de crédito.
Em 2013, o faturamento real dessa atividade deve subir 45,1% em comparação ao ano passado, para R$ 33,4 bilhões.
Já o segmento de materiais de construção, puxado pelo aquecimento do setor imobiliário e pelo estímulo ao crédito, deve registrar o segundo maior crescimento nas vendas do comércio varejista no estado de São Paulo em 2013, com expectativa de atingir R$ 39,6 bilhões em receitas reais até dezembro, alta de 14% sobre o ano anterior.
Por outro lado, a expectativa para o faturamento das lojas de departamento é de queda de 15,5% sobre o resultado de 2012, para R$ 23,5 bilhões em receita de vendas.
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Do Portal Último Instante