Favela, com Marcinho do Cavaco, vence o Festival de Música
O pop-rock Morrerei de Seu Amor, da banda K-lendários, foi a segunda colocada e o reggae Luau no Farol, da banda Mohvibe, levou o terceiro lugar
Marcinho do Cavaco e banda recebem premiação do Festival. Fotos: Amanda Perobelli
“Eu piso em chão de terra… é a favela. Tem beco e tem viela… é a favela”. Com esses versos, o samba Favela, de Robson Capela e Anderson Vaz, interpretado por Marcinho do Cavaco e Banda, foi o grande vencedor do Festival de Música do Sindicato. Eles ganharam, além do troféu, um cheque de R$ 5 mil.
Em segundo lugar ficou o pop-rock Morrerei de Seu Amor, da banda K-lendários, que recebeu um cheque de R$ 3 mil. O reggae Luau no Farol da banda Mohvibe, levou o terceiro lugar e um cheque de R$ 1,5 mil.
Marcinho do Cavaco, cantor e tocador de cavaquinho da banda vencedora, não parava de comemorar depois do resultado. “Foi maravilhoso, os metalúrgicos são demais. Agora eu estou sentindo o mesmo que o Lula sentiu quando foi presidente da república pela primeira vez”, disse.
Milhares de trabalhadores lotaram o Estância do Alto da Serra, em São Bernardo, no último domingo para acompanhar o Festival. Famílias inteiras cantaram as músicas, levaram faixas e camisetas das bandas para reforçar a torcida pelos seus preferidos.
Depois do resultado, todos curtiram os shows de Rappin’ Hood e dos Paralamas do Sucesso, que fecharam a festa.
“A música ainda é um dos meios de elevação do povo e eu espero que aconteçam outros festivais. Quem sabe a gente não descobre um novo talento da música brasileira aqui?”, afirmou Rappin’ Hood, antes da apresentação.
O diretor do Sindicato, Moisés Selerges, coordenador do festival, já pensa nos próximos. “Os metalúrgicos mostraram que não sabem apenas fazer luta, mas que sabem fazer cultura. Esse é o primeiro de muitos outros eventos”, declarou.
K-lendários, 2º lugar
Para Cristiano Ângelo dos Santos, o montador na Weg de São Bernardo e percursionista da banda K-lendários, foi gratificante participar do festival e ser premiado. “Não foi sorte. Batalhamos muito para chegar aqui”, afirmou o músico que disse ter de desdobrado para encontrar tempo para o trabalho na fábrica, os ensaios e cuidar da família, pois tinha acabado de casar e seu filho de nascer.
Mohvibe, 3º lugar
Além do prêmio em dinheiro, Bruno Bani, metalúrgico na Volks e guitarrista do Mohvibe, afirmou ser emocionante cantar num palco como aquele e para um público tão grande. “Esse prêmio será um estímulo para gravarmos nosso primeiro CD, anunciou.
O Festival de Música do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi aberto no final de junho e contou com a inscrição de 100 canções, 35 delas escolhidas para disputar a fase eliminatória. O alto nível de todos foi o ponto alto do evento.
“Foi mágico e emocionante. Só obtivemos críticas positivas”, declarou Moisés sobre o evento. “O objetivo do festival não foi saber quem era o melhor. Não temos de competir entre nós”, concluiu.
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Da Redação