Federal do ABC tem novo reitor

O físico Adalberto Fazzio vai manter política construída com os movimentos sociais e sindicais.

O diretor do Centro de
Ciências Naturais e Humanas
da Universidade Federal
do ABC (UFABC), Adalberto
Fazzio, será o novo
reitor da universidade. A
sua posse está marcada para
hoje, na sede do Ministério
da Educação, em Brasília.

Ele assume o lugar de
Luiz Bevilacqua, que solicitou
o desligamento do cargo para
se dedicar exclusivamente aos
estudos para o desenvolvimento
do Núcleo de Cognição
e Sistemas Complexos da
própria UFABC.

“A mudança não altera
a política de relacionamento
construída pelos movimentos
populares com a
universidade, que se estreita
cada vez mais”, comentou
o vice-presidente do Sindicato,
Rafael Marques, que
acompanha os debates para
a instalação do centro de ensino
e pesquisa na região.

Rafael explicou que
o Sindicato concorda que
o foco da UFABC seja a
área de tecnologia, mas
gostaria que esse interesse
se expandisse também para
outros campos. “Em nossa
opinião,
a universidade
devia
ultrapassar
essa fronteira
e investir
com
igual vigor
em outras
áreas, como a de ciências
humanas”, prosseguiu.

Interlocutor importante –
O dirigente fez questão
de elogiar o reitor que deixa
o cargo e disse que Bevilacqua
foi um importante
interlocutor no processo de
aproximação entre os sindicatos
e a UFABC.

“Ele reconhecia a importância
do movimento sindical
e de nossas conquistas
e colocava a vinda da universidade
federal para a região
entre elas”, afirmou.

O novo reitor, Adalberto Fazzio, desenvolveu
a carreira acadêmica na área de física, especializando-se em simulação
computacional em materiais,
com enfoque em nanoestruturas.

Já ocupou o cargo de
vice-diretor do Instituto
de Física da USP por dois
períodos e foi presidente
da Sociedade Brasileira de
Física.

Fazzio deve participar
da terceira reunião do ciclo
de debates entre universidade
e movimento sindical,
que acontecerá no próximo
dia 4, com o tema Fluxo
migratórios impulsionados pela
globalização e a importância da
agenda do trabalho decente.

“É um assunto amplo,
pois trata desde a situação
dos bolivianos que vivem
praticamente na clandestinidade
em São Paulo e trabalham
em regime de semi-escravidão,
até a situação dos
brasileiros que moram fora
do País”, explicou Rafael.

O debate começa às
18h e será realizado no salão
nobre da UFABC, na Avenida
do Estado, em Utinga,
Santo André. Entrada pela
rua Santa Adélia, nº 166.