Feira no Sindicato enaltece Economia Solidária e valoriza microempreendedores

Atividade segue hoje na Sede com expositores de artesanato, livro, produtos da agricultura familiar, roupas e acessórios

A Feira da Economia Solidária iniciada ontem no Sindicato e que segue hoje, das 10h às 16h, traz expositores de diferentes áreas comercializando seus produtos diretamente ao comprador. 

Entre os itens à venda estão artesanatos variados como bolsas, acessórios, bonecos, quadros, roupas customizadas e de origem afro. No campo da alimentação estão disponíveis produtos da agricultura familiar como café, arroz, feijão, frutas, vinhos, sucos, cachaça, além de bolos e tortas doces e salgadas. Também tem poeta vendendo seus próprios livros e declamando versos.

 O vice-presidente do Sindicato e diretor institucional da Unisol-SP (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários de São Paulo), Carlos Caramelo, lembrou que a ideia é incentivar cada vez mais a economia solidária, uma alternativa aos altos preços cobrados nas grandes redes. Também lembrou que a ideia é conectar quem produz arte, artesanato e alimentos diretamente com o consumidor.

“O governo atual não incentivou esse segmento da economia, ao contrário, abandonou. Essas ações dão espaço para a agricultura familiar, a empreendimentos solidários e à autogestão. Historicamente nosso Sindicato sempre deu voz aos movimentos sociais e populares”.

“Essa é uma forma de lutar contra a marginalização da economia solidária, que não deve ser vista como um hobby e sim um trabalho sério que precisa ser bem remunerado”, completou.

A organização é dos Metalúrgicos do ABC, Unisol-SP, Rede de Economia Solidária e Alternativa, Fórum Regional de Economia Solidária do ABCDMRR, Cooper Central VR, Central de Movimentos Populares e MST.

História de Sucesso

A empreendedora, idealizadora da loja Vitrine Negra Aline e massoterapeuta, Aline Costa, de São Bernardo, uma das expositoras, se emocionou ao contar que começou seu negócio após participar da sua primeira feira em 2018 no Sindicato, na ocasião um evento voltado à Afroempreededores.

De lá para cá, ela decidiu largar o emprego com carteira assinada, no qual estava há mais de 10 anos, e hoje se dedica à sua loja virtual de roupas customizadas, à participação em feiras e à massagem terapêutica.

“Naquela feira em 2018 cheguei meio desacreditada, hoje o que era meu plano B virou plano A. Fui tão bem acolhida aqui no Sindicato que comecei a entender que esse era realmente o meu caminho. Me aprofundei na economia solidária e fui convidada a fazer parte do coletivo de afroempreendedores de Diadema. É muito gratificante voltar aqui onde começou minha história, agora com muito mais força para dizer que realmente tenho meu próprio negócio, isso me emociona muito, até me arrepia”.