FEM-CUT assina Convenção Coletiva com Parafusos, Forjaria e Fundição
Foto: Adonis Guerra
A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, assinou ontem, na sede em São Bernardo, as Convenções Coletivas de Trabalho, as CCTs, com a bancada patronal do Sinpa, Sindiforja e Fundição.
Os setores atenderão a reivindicação de 9,88% – pela reposição integral da inflação do período da data-base da categoria metalúrgica, em 1º de setembro –, que será paga em setembro e fevereiro de 2016.
“Os processos de negociação com todas as bancadas foram extremamente difíceis, principalmente por conta da argumentação que os patrões usaram contra os trabalhadores”, afirmou o presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.
“Com o cenário atual, totalmente desfavorável, houve momentos em que a bancada patronal chegou a questionar a FEM dizendo que era irresponsabilidade da nossa parte em querer discutir avanços. Mas nós batemos o pé para que não tivéssemos nenhum direito a menos, reafirmando o lema da nossa Campanha”, prosseguiu.
As CCTs têm vigência de um ano e as cláusulas sociais valerão até 31 de agosto de 2016.
Segundo o dirigente, as discussões das cláusulas sociais não se encerram com a assinatura das convenções, “elas estabelecem um processo de negociação permanente”.
“Isso vai nos permitir que, a partir do final do mês de novembro, possamos retomar os debates, o que significa maior tempo hábil para garantir avanços nas discussões para a mulher, a juventude, maior garantia aos companheiros em vias de aposentadoria, entre outros debates”, completou Luizão.
Outra conquista foi a garantia de que os dirigentes da FEM possam participar das rodadas de negociações sem sofrer nenhum tipo de prejuízo nos seus salários, Participação nos Lucros e Resultados e Descanso Semanal Remunerado. Esta é a primeira vez que a FEM aparece nas CCTs.
Em outubro, a Federação assinou as CCTs dos setores que reúnem o Grupo 2 (máquinas e eletrônicos), Grupo 8 e Estamparia.
Para o coordenador de São Bernardo, Nelsi Rodrigues, o Morcegão, essa é a concretização das negociações que implementamos nos últimos anos com as bancadas patronais.
“Tudo isso nos dá segurança jurídica. Apesar das dificuldades, conseguimos avançar em quase todos os setores, com exceção de autopeças. Assim formalizamos acordos por empresas”, destacou Morcegão.
O tema da Campanha é “Nenhum Direito a Menos e Mais Avanços Sociais” e neste ano estão em discussão cláusulas econômicas e sociais. A data-base é 1º de setembro e estão em Campanha cerca de 200 mil trabalhadores na base da FEM-CUT.
Da Redação.