FEM-CUT debate luta das mulheres por direitos e contra retrocessos

A secretaria da Mulher da Federação Estadual dos Meta­lúrgicos da CUT, a FEM-CUT, realizou o debate “Mulheres: Construindo história, pro­tagonismo e lutando contra retrocessos” na quarta-feira, dia 29. O evento integrou as comemorações dos 25 anos da entidade e também do mês de luta das mulheres.

Foram debatidos temas relacionados à política, mo­vimento sindical e também sobre as reformas Trabalhista, da Previdência e o projeto de terceirização irrestrita.

A secretária da Mulher da FEM-CUT, Andrea Ferreira de Sousa, a Nega, ressaltou a gravidade dos ataques do governo contra a classe tra­balhadora.

“O atual cenário político ataca todos os trabalhadores brasileiros, porém ataca ainda mais a vida das mulheres. Ga­nhamos, em média, 30% me­nos que os homens, mesmo executando a mesma função”, afirmou.

A importância da forma­ção no empoderamento das mulheres foi um dos temas da atividade.

Para a secretária de For­mação da Confederação Na­cional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, Michelle Marques, durante muito tem­po deixamos de participar de mesas de negociação por falta de formação e por tratarem apenas de temas ligados à pauta da mulher dentro do sindicato.

“Muitos justificavam a ques­tão da dupla jornada, que impedia a formação de qua­dros femininos. Diante deste diagnóstico, a USW, o sindi­cato canadense, financiou a formação de 27 companheiras para que elas pudessem falar de diversos temas e esse é um dos motivos de estarmos aqui”, lembrou.

A FEM-CUT representa 14 sindicatos e mais de 200 mil trabalhadores. Está à frente das negociações unificadas de cam­panha salarial dos metalúrgicos no Estado de São Paulo.

Da Redação