FEM/CUT define calendário para elaboração da pauta de Campanha Salarial 2022

Entrega para as bancadas patronais ficou agendada para o dia 3 de junho

Foto: Adonis Guerra

Representantes dos 13 sindicatos que compõem a FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) se reuniram na manhã de ontem, nos Metalúrgicos do ABC, para definir o calendário de lutas da Campanha Salarial 2022. A entrega da pauta para as bancadas patronais ficou agendada para o dia 3 de junho, a Plenária Estatutária para a definição dos eixos e slogan da Campanha será em 9 de abril e o período para construção da pauta vai até 7 do mês que vem.

A expectativa este ano, segundo adiantou o presidente da Federação, Erick Silva, é que a maior parte das reuniões com os grupos patronais volte a ser realizada presencialmente, como ocorria antes da pandemia.

Foto: Adonis Guerra

“Estamos acompanhando o índice de inflação que já é pior do que no ano passado. Sabemos que será uma Campanha difícil, em função da inflação alta, do custo de vida crescendo, puxado pelos preços da alimentação e do combustível, que corroem os salários. Temos também uma preocupação muito grande em garantir os direitos sociais e ampliá-los, todos os sindicatos estão muito mobilizados para esses atos preparatórios e para fazer uma boa Campanha”, garantiu o presidente.

Conquistas e garantia de direitos

O secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, destacou a importância da unidade dos sindicatos.

“Este é um momento crucial para que os sindicatos estejam juntos na elaboração de uma pauta robusta, em consenso, que contemple os anseios da categoria. Precisamos avançar nas conquistas e na garantia de direitos, sabemos que se não fossem as Convenções Coletivas, os trabalhadores estariam desamparados’.

Foto: Adonis Guerra

Momento crucial

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Leandro Soares, destacou que o momento é crucial para combater ataques e mudar o atual cenário de retrocessos para a classe trabalhadora.

Foto: Adonis Guerra

“Os sindicatos precisam estar preparados, junto às suas bases, porque essa Campanha será muito difícil, por conta dos números referente à inflação. Precisamos reforçar a luta dos sindicatos pela manutenção das nossas Convenções Coletivas, que têm sido uma ferramenta importante de contraponto à reforma Trabalhista e ao cenário de retrocesso e de retirada de direitos”.

“Mas, acima de tudo, é um momento em que a unidade se faz necessária para contrapor este governo fascista que retira direitos e ataca sistematicamente os trabalhadores. E neste ano teremos um desafio ainda maior que é a retomada da democracia e dos direitos dos trabalhadores”, concluiu.