FEM/CUT entrega pauta da Campanha Salarial às bancadas patronais
Documentos com as reivindicações dos trabalhadores foram entregues nas sedes da Fiesp e do Sindipeças
Os dirigentes dos 13 sindicatos que compõem a FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) participaram da entrega da pauta da Campanha Salarial para as bancadas patronais na sexta-feira, 3. Pela manhã, foram à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e, na parte da tarde, no Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).
O secretário-geral do Sindicato, Claudionor Vieira, ressaltou a importância da luta e da organização dos trabalhadores para avançar na Campanha Salarial.
“Neste período de inflação alta, com perdas significativas do poder de compra dos salários, é fundamental a luta dos trabalhadores para conquistar um bom acordo na Campanha Salarial”, afirmou.
“Com tantos ataques e medidas que estão sendo tomadas para retirar direitos dos trabalhadores, é muito importante manter as cláusulas sociais nas Convenções Coletivas para garantir os direitos e avançar. A Campanha vai precisar de muito empenho, unidade e luta. Contamos com todos e todas”, reforçou.
Unidade na luta
O presidente da FEM/CUT, Erick Silva, contou que a presença de dirigentes de todos os 13 sindicatos da Federação na entrega da pauta mostra a unidade dos metalúrgicos no estado.
“Estamos sentindo que todos os sindicatos estão muito mobilizados e prontos para a Campanha Salarial, a participação de todos foi uma demonstração de unidade e luta dos trabalhadores”.
“A inflação descontrolada, que já acumula quase 9% até agora, pesa muito no dia a dia dos trabalhadores, que estão sofrendo muito com o preço da alimentação, energia, gás de cozinha, itens essenciais para a sobrevivência. Por isso, temos urgência em começar as negociações”, disse.
A FEM/CUT entregou a proposta de agenda com o objetivo de iniciar as negociações ainda este mês.
Juntos pela reconstrução
O tema da Campanha Salarial deste ano é “Juntos pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários, da Democracia e do País”.
Os eixos são: reposição da inflação, aumento real, valorização dos pisos, valorização da Convenção Coletiva de Trabalho, manutenção dos direitos e a reindustrialização do país.
Este ano haverá negociações das pautas cheias, que incluem as cláusulas econômicas e sociais, com: Siniem (estamparia); Sicetel (trefilação e laminação de metais ferrosos); Siescomet (esquadrias e construções metálicas); G8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer: artefatos de ferro, metais e ferramentas, materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários, artefatos de metais não ferrosos); G2 (Sindimaq e Sinaees: máquinas, aparelhos elétricos, eletrônicos); G10 (Fiesp e outros).
Já as pautas parciais, basicamente só cláusulas econômicas e algumas sociais novas de complementos, serão negociadas com: G3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa: autopeças, forjaria e parafusos); Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento de ar); Sifesp (fundição); Sindicel (condutores elétricos, trefilação e laminação de materiais não ferrosos); Sindifupi (funilaria e pintura).