FEM-CUT faz balanço e confirma unidade nas negociações
(Foto: Adonis Guerra)
O presidente dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques e representantes dos sindicatos que compõem a base da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, estiveram ontem na sede da entidade para debater os próximos passos da Campanha Salarial.
O presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, fez um balanço sobre os diversos posicionamentos das bancadas patronais e citou algumas questões absurdas propostas pelos representantes da Estamparia.
“Chegaram ao ponto de propor uma cláusula em que o trabalhador vítima de acidente de trabalho pudesse preencher a cota de deficientes da empresa. Que nome se dá para um abuso desses em uma mesa de negociações?”, indagou Luizão.
Outro ponto da reunião tratou da análise do Dieese sobre os acordos firmados em campanhas salariais no 1º semestre deste ano.
Segundo o estudo, 88,9% dos metalúrgicos, que já encerraram suas campanhas no Brasil, conquistaram reajustes iguais ou acima da inflação.
Até agora, dois índices foram rejeitados ainda na mesa com as bancadas patronais do Grupo 2 e com a Fundição, com propostas de 4,5% e 4,81%, respectivamente.
Todos os representantes dos sindicatos filiados à FEM-CUT reforçaram a unidade para fortalecer as rodadas de negociações e melhorar as propostas.
A Federação retoma hoje as negociações com os Grupos 2, 3 e 8.
A mobilização da categoria no Estado de São Paulo vem acontecendo por meio de assembleias nas empresas da base e todos manifestaram a disposição de lutar pela pauta dos trabalhadores.
A Campanha Salarial 2016 tem como tema “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”. A pauta tem cinco itens principais: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da inflação mais aumento real, valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas.
A data-base é 1º de setembro e estão em campanha 202.213 trabalhadores na base da FEM-CUT no Estado de São Paulo.
Da Redação