FEM-CUT prevê Campanha Salarial longa

Biri-Biro; o presidente da CNM-CUT, Paulão; Rafael; e demais representantes filiados à FEM-CUT

Durante reunião na semana passada, dirigentes dos 14 sindicatos filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, foram unânimes ao concordar que a Campanha Salarial de 2014 será difícil e as negociações se estenderão por um bom tempo.

Por isso, no encontro que reuniu a executiva ampliada da FEM foi decidido intensificar as assembleias nas portas das fábricas para pressionar as bancadas patronais a avançarem na pauta de reivindicações.

“O que nós queremos é um acordo coletivo, unificado, para manter o caráter de classe de nossas negociações”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques. “Continuaremos nossa pressão para buscar um reajuste que contemple a categoria”, continuou.

“Apesar das cláusulas sociais valerem por dois anos e estarem em vigor até 31 de agosto de 2015, lutamos tam­bém pela garantia da Licença­-Maternidade de 180 dias aos Grupos 8 e Estamparia. E no Grupo 10, uma alteração na redação da cláusula que hoje assegura 150 para 180 dias”, destacou Rafael.

Para o presidente da FEM­-CUT, Valmir Marques da Silva, o Biro-Biro, embora o ambiente econômico tenha impactado nas negociações, a Federação tem realizado uma Campanha equilibrada.

“As dificuldades não são novidades para nós. Não existe campanha fácil. Mas estamos otimistas com a recuperação da economia, que aponta bons sinais para o segundo semes­tre”, contou.

Biro-Biro ainda lembrou al­guns incentivos concedidos à indústria que estimularão os setores como a manutenção da desoneração do INSS na folha de pagamento, que agora será permanente, a renovação do PSI/FINAME para bens de capital e caminhões, a volta do Reintegra, a manutenção da alíquota do IPI e uma maior flexibilização para as empresas aderirem ao REFIS.

A data-base dos metalúr­gicos é 1º de setembro e estão em Campanha mais de 215 mil trabalhadores no Estado.

Da Redação