FEM-CUT/SP fecha acordo com as bancadas patronais do G2, Siescomet, Sifesp e Sindratar

Demais grupos recebem hoje o aviso de greve. Diante da deflação do INPC, luta agora é para garantir mesmo índice de aumento real para toda a categoria

Foto: Adonis Guerra

Dirigentes dos Metalúrgicos do ABC, junto à direção da FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) e representantes dos demais sindicatos filiados, assinaram as CCTs (Convenções Coletivas de Trabalho) com os grupos patronais do G2, Siescomet, Sifesp e Sindratar na última segunda-feira, 9. Os acordos da Campanha Salarial 2024 garantem a reposição integral pelo INPC e aumento real de 1,2% nos salários.

Hoje as bancadas patronais do G10, Aeroespacial e Sinien, que não negociaram ou não atingiram o índice aprovado pela categoria, recebem o aviso de greve. A negociação continua com o Sicetel.

INPC

Foto: Adonis Guerra

Segundo resultados divulgados ontem pelo IBGE, em agosto, ao contrário do que indicavam as projeções, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve deflação (queda de preços) de 0,14%. Em 27 de agosto, quando a categoria aprovou o índice de referência de mais 5% de reajuste para fechar acordo com as bancadas patronais, esperava-se que o INPC chegasse a 4%. Ocorre que o índice divulgado ontem ficou em 3,71% no acumulado de 12 meses.  O acumulado entre setembro de 2023 e julho deste ano era de 3,85%, somado ao reajuste de 1,2% ultrapassaria 5%. No entanto, com a deflação, o aumento real fecha em 4,95%. Essa é a primeira taxa negativa desde junho de 2023, quando o índice registrou queda de 0,08%. (Entenda o resultado nos quadros abaixo).

Foto: Adonis Guerra

O presidente da Federação, Erick Silva, destacou a valorização do poder de compra. “A rigor, a deflação valoriza o poder de compra. Fazia muito tempo que não tínhamos um aumento real maior do que 1%, desde 2018”.

O coordenador de São Bernardo, Jonas Brito, enalteceu a garantia da Convenção Coletiva. “Com os acordos, a FEM conseguiu contemplar mais de 90% da nossa base com a assinatura das Convenções Coletivas, e esse era um dos maiores objetivos dessa Campanha Salarial”.

Foto: Adonis Guerra

“Baseado no que foi aprovado pela categoria, precisamos fazer a luta para fechar acordo na mesma proporção com os demais grupos.  A mobilização nas fábricas continua”, frisou o coordenador da Regional Diadema, Antonio Claudiano, o Da lua.

“Foi uma vitória fechar a campanha salarial e garantir da Convecção Coletiva. Nosso aumento real também foi muito significativo, já que outras categorias não estão conseguindo chegar a esse patamar”, ressaltou o coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande as Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos.