FEM-CUT/SP inicia entrega de pauta da Campanha Salarial 2025 aos grupos patronais

Com participação ativa da base, mobilização reforça unidade por reajuste, aumento real e valorização das convenções

Foto: Adonis Guerra

A Campanha Salarial 2025 dos metalúrgicos e metalúrgicas filiados à FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos) avançou mais uma etapa decisiva nesta semana. A entidade iniciou ontem a entrega da pauta de reivindicações às bancadas patronais, dando continuidade ao calendário aprovado na Plenária Estatutária realizada em abril, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté.

Foto: Adonis Guerra

A pauta foi construída de forma coletiva e democrática, com aprovação dos trabalhadores e trabalhadoras em assembleias nas bases dos 13 sindicatos filiados à Federação no estado de São Paulo. No primeiro dia de entregas, receberam o documento os grupos Siniem (Estamparia), G8-III, Siescomet, Sicetel, Sindratar, G10 (FIESP) e Sindicel. Hoje será a vez dos grupos Sifesp (Fundição) e G2 (Sinaees e Sindimaq). O cronograma se encerra amanhã com a entrega ao Grupo 3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa).

Foto: Adonis Guerra

Para o secretário-geral da FEM-CUT/SP, Max Pinho, a organização e o planejamento são fundamentais para garantir conquistas. “Nosso objetivo é concluir as negociações até o fim de agosto, para que possamos assinar as convenções coletivas nos primeiros dias da nossa data-base, em setembro. Assim como fizemos no ano passado, numa ação inédita da Federação e dos sindicatos filiados”, destacou.

Mobilização

Foto: Adonis Guerra

O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, reforçou o papel estratégico da mobilização neste período. “É agora que o trabalhador conquista aumento, direitos e garantias. Enquanto muitas empresas têm seus sindicatos organizados, é preciso que o trabalhador também esteja ao lado de quem o representa: o sindicato. A FEM-CUT está à frente da negociação em nome de toda a classe metalúrgica”, afirmou.

Marquinhos também alertou: “Reposição da inflação não é automática. Se existe reajuste e aumento real, é porque há luta. E esse ano não será diferente”.

Luta

Sob o lema ‘Construindo nosso futuro com melhores condições de trabalho e de vida’, a campanha tem como eixos centrais a valorização das convenções coletivas, reposição da inflação com aumento real, redução da jornada sem redução de salário, fim da escala 6×1, isenção do IR (Imposto de Renda) até R$ 5 mil e sobre PLR (Participação nos Lucros e Resultados), além do combate ao assédio nos locais de trabalho e da defesa por juros mais baixos para estimular o consumo e proteger as famílias.

A campanha envolve cerca de 190 mil trabalhadores no estado. Só na base dos Metalúrgicos do ABC, são 52 mil em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, além de 21 mil nas montadoras com acordos específicos.