FEM-CUT tem as primeiras rodadas de negociações com G2 e G10

(Foto: Edu Guimarães)

As primeiras negociações da Campanha Salarial com as bancadas patronais do Grupo 2 e Grupo 10 começaram ontem, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp, em São Paulo.

Na parte da manhã, a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, acertou com o G10 uma frequência maior de diálogo neste ano, como já acontece em outros grupos.

De acordo com o presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, é uma sinalização importante na busca por entendimento. “Apresentamos cláusulas humanitárias que giram em torno da saúde do trabalhador e também da mulher”, explicou.

Já na parte da tarde, o dois assuntos principais debatidos com o G2 foram o cumpri-mento da cota para pessoas com deficiência e a estabilidade para trabalhador com câncer.

“Com este Grupo, as negociações das cláusulas sociais estão mais avançadas. A FEM-CUT defende o cumprimento da lei de cotas e a estabilidade para o trabalhador com câncer”, ressaltou.

Luizão fez um balanço das primeiras rodadas de nego­ciações da Campanha Salarial. “Estamos em um processo de desconstrução da pauta patro­nal de retirada de direitos que os patrões apresentaram e de buscar avanços para a classe trabalhadora”, defendeu.

Hoje será realizada nova rodada de negociação da Fe­deração com o G3.

HISTÓRICO

Após a realização de assem­bleias e aprovação dos traba­lhadores da base, a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2016 foi entregue para as bancadas patronais no dia 7 de julho.

Durante a apresentação das reivindicações dos tra­balhadores, pela Federação, no dia 13 de julho, a bancada patronal entregou uma ‘con­tra-pauta’ com 19 pontos, que representam um retrocesso nas conquistas da categoria. No documento, os patrões pedem que os salários sejam congelados, sem reposição da inflação e sem aumento real até agosto de 2018.

No dia 29 do mesmo mês, ocorreu a rodada de negocia­ção com o Grupo 3, que reúne autopeças, forjaria e parafusos. Na ocasião, a primeira reivin­dicação feita ao Sindipeças, que há dois anos não assina a Convenção Coletiva de Tra­balho, a CCT, foi acatar os avanços já conquistados pelos trabalhadores com os sindi­catos patronais de forjaria e parafusos.

O início das negociações com a estamparia foi difícil e acon­teceu no dia 2 de agosto. A bancada apresentou propostas de retirada de direitos. No dia seguinte, foi a vez de iniciar as negociações com o Grupo 8. Na ocasião, a bancada dos trabalhadores aproveitou para desconstruir a pauta patronal.

No dia 4, os dirigentes da FEM-CUT participaram da primeira rodada de negociação com a Fundição. O debate foi sobre a saúde da classe traba­lhadora.

As segundas rodadas começa­ram sem avanços no dia 9, com Estamparia e G8.

A Campanha Salarial 2016 tem como tema “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”.

A pauta tem cinco itens: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposi­ção integral da inflação mais aumento real, valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas.

MOBILIZAÇÃO

A CUT e as demais centrais sindicais organizam em con­junto o Dia Nacional de Mo­bilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos na próxima terça, dia 16, às 10h. Em São Paulo, o ato será em frente à Fiesp, na Av. Paulista.

Da Redação