FEM e CNM são reconhecidas pelo Ministério do Trabalho

Desde o mês passado, a Federação (FEM) e a Confederação dos Metalúrgicos da CUT (CNM) ganharam reconhecimento oficial do Ministério do Trabalho para serem, de fato e de direito, entidades representativas dos trabalhadores.

Antes, a representação não era reconhecida oficialmente, já que a atual legislação não permite duas federações ou confederações na mesma base territorial.

“O mais importante é que rompemos com a atual estrutura sindical oficial”, avalia Adi dos Santos Lima, presidente da Federação Estadual.

Na prática, significa que é possível ter uma estrutura mais moderna como a CUT sempre defendeu, com liberdade sindical.

“Liberdade dos sindicatos escolherem em qual federação querem ficar”, explicou Adi.

Além do aspecto legal, o reconhecimento tem o aspecto político de fortalecer a luta pelo contrato coletivo.

“Abrimos caminho para termos uma única convenção com piso estadual e mesmos benefícios sociais”, exemplificou ele.

A Federação Estadual da CUT conta com 16 sindicatos filiados, num total de 260 mil metalúrgicos.

Para Adi, também agora é possível ter um estatuto democrático e moderno, estruturado a partir dos comitês sindicais nas empresas.

Os comitês sindicais, que são o instrumento de organização no local de trabalho, já existem nos estatutos dos sindicatos do ABC, Salto, Sorocaba e Taubaté.