FEM negocia ampliação nos direitos para as mulheres, jovens e deficientes com o G8
Mesa de negociação entre a FEM e o G8. Foto: Juliana Souza / Mídia Consulte
A melhoria e a ampliação nos direitos sociais para as mulheres metalúrgicas, jovens e pessoas com deficiência foram debatidas na rodada de negociação da Campanha Salarial da FEM-CUT/SP com a bancada patronal do Grupo 8 (boxe abaixo) na manhã de segunda, dia 15, na sede do Sicetel (Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos), na FIESP.
O presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques (Biro Biro), pediu aos empresários uma atenção especial às cláusulas sociais que reivindicam a ampliação na garantia de emprego de cinco para sete meses para a trabalhadora gestante e adotante; bem como o aumento nos percentuais do auxílio creche. No caso dos jovens, a Federação negociou a subvenção ao estudo e o não desconto nos dias que os jovens prestarem o vestibular.
Pessoas com deficiência
Com relação aos direitos das pessoas com deficiência, Biro Biro pediu à bancada do G8 que as empresas dos setores respeitem a Lei de Cotas que determina que as fábricas com mais de 100 empregados destinem de 2% a 5% de suas vagas para as pessoas com deficiência. “Uma prática irregular muito comum no nosso ramo é que as empresas incluem o trabalhador acidentado/portador de doença profissional na lei de cotas, e não cumprem a lei. Queremos mudar esta realidade”, disse Biro Biro.
Estão em Campanha Salarial 25 mil metalúrgicos nas empresas do G8 em todo o Estado, na base da FEM. A data-base é 1º de setembro.
Próxima rodada com G8
A FEM e o G8 continuarão na próxima sexta-feira, dia 19, às 10h, no Sicetel, a negociação dos direitos sociais. O G8 também apresentou à Federação um rol de cláusulas para ajustes que serão também debatidas nesta rodada.
Principais reivindicações dos metalúrgicos da CUT
Reposição integral da inflação;
Aumento real no salário;
Valorização nos pisos salariais;
Licença Maternidade de 180 dias;
Ampliação nos direitos sociais;
Organização Sindical no Local de Trabalho;
Jornada de 40h semanais, sem redução no salário.
Base FEM-CUT/SP
A FEM-CUT/SP tem 14 sindicatos metalúrgicos filiados, que representam 250 mil trabalhadores em todo o Estado. A data-base é 1º de setembro. A Federação negocia com sete bancadas patronais divididas nos seguintes setores:
Montadoras (ABC paulista, Taubaté e São Carlos);
Fundição;
Estamparia;
Grupo 2 (máquinas e eletrônicos);
Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos);
Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários,
rodoviários entre outros);
Grupo 10 (reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros).
Da FEM / CUT