FEM negocia criação do Curso de Formação e Cidadania com a Fundição

A Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT/SP (FEM-CUT/SP) realizou na tarde de segunda, dia 22, a segunda rodada de negociação da Campanha Salarial com a bancada patronal da Fundição, na sede da Abifa, na Av. Paulista.

O presidente da Federação, Valmir Marques (Biro Biro) entrou no debate das cláusulas novas e ressaltou a importância de a Fundição convencionar a cláusula que cria os “Programas de Formação e Qualificação”.  “Já conquistamos este direito na Campanha do ano passado com as Montadoras e os grupos patronais 2 (máquinas e eletrônicos) e 3 (autopeças, forjaria e parafusos). Por meio desta cláusula, a empresa libera o trabalhador a fazer um dia de curso na nossa sede e lá ele aprende temas sobre a história do sindicalismo e questões do mundo do trabalho. A participação do trabalhador é voluntária. Já passaram pelos nossos cursos mais de 500 metalúrgicos que trabalham nas Montadoras”, explicou Biro Biro.

A Federação também apresentou a cláusula que recomenda a negociação da Participação nos Lucros e Resultados (entre empresa e sindicato) e caso não haja esta negociação, a empresa pagaria um valor equivalente ao piso salarial da categoria, sem o estabelecimento de metas.

Outros direitos novos apresentados à bancada patronal foram a subvenção ao estudo — que a empresa custeie parte dos estudos do trabalhador — a garantia de emprego em situação pré-cirúrgica, bem como o combate à postura antissindical nas empresas.

O assessor jurídico da bancada patronal, Valter Armelin, disse que apresentará na próxima rodada, dia 31, um parecer sobre as cláusulas apresentadas pela FEM. Estão em Campanha Salarial 15 mil metalúrgicos no setor de Fundição, na base da Federação em todo o Estado e a data-base é 1º de setembro.

G3 e G2
A Federação continua as rodadas decisivas com as bancadas patronais do Grupo 3 e 2. A primeira negociação será com o G3, às 10h, na sede do Sindipeças, em Santo Amaro. E à tarde, às 15h, a Federação se reunirá com a bancada do G2, coordenada pelo assessor jurídico, Fernando Carnavan.

O assessor do G2 disse nesta terça, 23, pela manhã, as empresas dos setores de máquinas e eletrônicos farão assembleia para avaliar as reivindicações da Federação.

Com relação ao Grupo 8, na próxima rodada, no dia 29, na FIESP, a bancada dará uma resposta sobre as cláusulas pré-existentes e também sobre as novas cláusulas reivindicadas pela Federação.

Da FEM/CUT