Fenabrave: Revendas vão sobreviver ao e-commerce
A pandemia de coronavírus colocou o mercado automotivo em quarentena, assim como outros setores da economia, mas não foi empecilho para as vendas continuarem. Embora nem todo o país tenha se fechado, o volume vendido caiu bastante. Como alternativa para mitigar o impacto da crise instaurada, as marcas buscaram no comércio eletrônico a saída para atender aos clientes que ainda desejavam um automóvel novo.
Diante de serviços que permitem que o comprador nem saia de sua casa para ir ao revendedor, muitos consumidores devem começar a optar pelo e-commerce como forma de adquirir um bem, nesse caso, o automóvel. Essa tendência é esperada pelo mercado no período pós-pandemia, que deve ser marcado por uma mudança nos hábitos dos consumidores.
Ainda assim, com um aumento (talvez expressivo) nas vendas remotas, as concessionárias vão sobreviver. É isso que afirma a Fenabrave, entidade que reúne esse setor. Alarico Assumpção Júnior, presidente da federação, disse que não se pode decretar o “começo do fim” das revendas por conta dessa mudança no perfil dos consumidores. Ainda assim, o impacto da pandemia nas revendas foi bem expressivo, com queda no faturamento de 76,9%.
Nessa mudança do mercado nacional, devido ao coronavírus, o presidente da Fenabrave acredita também que, entre os segmentos, os carros elétricos ficarão mais distantes do mercado nacional. Para Alarico Assumpção, um acordo entre fornecedores, montadoras e governo, pode gerar incentivos fiscais para atrair compradores. Ele acredita que os híbridos terão maior aceitação e terão vida de curto e médio prazo, para então os elétricos aparecerem em peso.
Do O Tempo