Festival Rock ABC canta luta, resistência e retomada da democracia no Sindicato
Dead Fish, a atração principal da noite, agitou o público na Sede, em São Bernardo, junto a Death Magic, Grinding Reaction, Rima Livre e DJ Nicolas Miranda
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Casa cheia, alimentos não perecíveis e agasalhos em bom estado arrecadados. Missão cumprida! O Festival Rock ABC foi, pela quinta vez, um sucesso. No último sábado, dia 15, o palco no estacionamento da Sede recebeu Death Magic, Grinding Reaction, Rima Livre, DJ Nicolas Miranda e, como atração principal, Dead Fish. Todos, a cada som de guitarra, baixo, vocal ou bateria, estremeciam o prédio do Sindicato.
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“Estamos no projeto chamado ‘A Retomada’, que é a retomada da democracia, a retomada dos direitos porque os trabalhadores que produzem a riqueza desse país merecem ser felizes”, afirmou o presidente do Sindicato, Moisés Selerges, ao saudar o público. “E a cultura é uma ferramenta importantíssima, a cultura é revolucionária, a cultura é uma forma de cidadania, de expressão que nós não podemos, não queremos e não devemos abrir mão”.
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A apresentação do evento foi feita pelo CSE na Mercedes e secretário-geral da FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max, que fez uma reflexão sobre a cultura e como os Metalúrgicos do ABC vem discutindo essa importante ferramenta de luta na vida dos trabalhadores e trabalhadoras.
“O governo passado não percebeu a importância da cultura e eliminou seu Ministério, assim como eliminou o Ministério do Trabalho. O povo brasileiro passou neste último período uma situação de negação”, disse Max. “O rock é para protestar, contestar, questionar o sistema que só favorece alguns e não olha pelo povo. A essência do rock é isso”.
“O importante é resgatar essa raiz e entender que quando a gente fala de rock não é só pela música, rock é um estilo de vida, tem uma essência fundamental para nós como cidadãos, para a gente não viver na inércia do sistema capitalista, para a gente não apenas aceitar o que a burguesia impõe. É por isso que a classe trabalhadora é o movimento underground, é a galera do rock fazendo a contestação junto ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC”.
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Parceria
O secretário adjunto de Cultura de Diadema, Francisco de Assis Cardoso, também conversou com o público e lembrou sobre a parceria do Sindicato e a cidade. “Duas edições do Festival foram realizadas em Diadema, tanto virtual, no Teatro Clara Nunes, quanto presencial, na Praça da Moça. Este ano, o Sindicato trouxe o evento de volta à sua Sede, em São Bernardo. E como dizem os Titãs: ‘a gente não quer só comida, quer diversão e arte’. Então, é uma felicidade fazer esse lindo encontro na sua forma original”, disse.
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Transmissão
O evento foi transmitido pela Rede TVT, em 44.1, e canais no YouTube RedeTVT e SMABCOFICIAL. Confira nas redes.
Edições
Desde 2019, para comemorar os 60 anos da entidade, os Metalúrgicos do ABC promovem, no mês que celebra o Dia do Rock (13 de julho), o festival. Em 2020 e 2021, por conta da pandemia, as edições foram virtuais. Em 2022, o festival voltou a ser presencial e aconteceu em Diadema.