Fevereiro foi ruim para o emprego no País

O desemprego em seis das principais regiões metropolitanas do País ficou em 13,9%. Apesar do mal resultado, trata-se da menor taxa para o mês. No ano passado, era de 14,5%


O emprego na construção civil recuou 5,4%

A manifestação de segunda-feira é mais que justificada e necessária. O desemprego em seis das principais regiões metropolitanas do País ficou em 13,9% em fevereiro, contra 13,1% em janeiro, segundo pesquisa do Dieese com a Fundação Seade. Apesar de esperado, trata-se da menor taxa para um mês de fevereiro. Em fevereiro do ano passado, era de 14,5%.

As regiões metropolitanas pesquisadas são Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.

Essa taxa significa que no mês passado o contingente de trabalhadores desempregados nessas seis foi estimado em 2,756 milhões de pessoas, 136 mil a mais do que no mês anterior.
O total de trabalhadores ocupados soma 17,107 milhões de pessoas e a População

Economicamente Ativa (PEA), formada por pessoas aptas a trabalhar, chega a 19,863 milhões.
Houve queda em todos os setores. Serviços eliminou 88 mil vagas, indústria 77 mil, construção civil 27 mil, comércio também 27 mil e em outros setores 10 mil postos foram encerrados.

São Paulo
O total de trabalhadores na região metropolitana de São Paulo foi estimado em 1,397 milhão, 92 mil a mais que em janeiro.

O desemprego no Grande ABC saltou de 10,7% em janeiro para 12,3% em fevereiro, segundo a mesma pesquisa. A região tem 165 mil trabalhadores desempregados.

O resultado foi influenciado pelo decréscimo de 4,1% na indústria, que fechou vagas pelo terceiro mês consecutivo. Na construção civil o recuo foi de 5,4%. Serviços perdeu 0,9% dos postos e comércio 0,7%.

Entre 1998 a 2008, o ABC conseguiu reduzir pela metade a sua taxa de desemprego, que caiu de 20,4% para 11% em um dos melhores resultados do País. Por conta do perfil industrial, a região responde rápido a qualquer medida de estímulo à atividade econômica ou de retração.