Fiat afirma que Inovar-Auto abriu oportunidades para toda a cadeia
Colaborações que não necessariamente envolvam fusões ou aquisições de empresas serão cada vez mais necessárias na indústria automotiva. Esta é a opinião de Armando Augusto de Carvalho, diretor-adjunto de compras do Grupo Fiat-Chrysler.
Para Carvalho parcerias de fabricantes de veículos com fornecedores e até mesmo concorrentes podem resultar em sinergia, ganho de escala e logística, além de acesso a novos mercados ou mesmo obtenção de capital.
“Se tomarmos como exemplo o desenvolvimento de alta tecnologia, aferimos cerca de US$ 1 milhão que pode ser compartilhado.”
O executivo citou ganhos em compras com o início do compartilhamento de gestão, tecnologias e plataformas de Fiat e Chrysler, em 2009. De acordo com o executivo as duas empresas compravam em insumos US$ 27 bilhões e US$ 18,5 bilhões, respectivamente. Agora o montante, unificado, subiu para US$ 90 bilhões, acrescentando-se também os negócios da Fiat Industrial.
Outro benefício do estabelecimento de parcerias é a escolha de fornecedores comuns. Carvalho revelou que os critérios de seleção do Grupo Fiat são investimento em globalização, rapidez em relação a volumes, qualidade de nível mundial, alta competitividade e serviços. Em tempos de Inovar-Auto, o diretor-adjunto afirmou que a cadeia de fornecedores é peça-chave na obtenção de uma de suas principais exigências, de melhoria da eficiência energética. “A cadeia tem que estar preparada e esse é o grande desafio.”
Para ele a oportunidade abre-se para a cadeia como um todo. “As montadoras precisam localizar a produção, mas têm que buscar os fornecedores mais comprometidos com inovação, qualidade e competitividade.”
Em termos de produção compartilhada o exemplo citado foi aquele da produção comum na fábrica da Fiat em Sete Lagoas, MG, dos concorrentes Fiat Ducato, Citroën Jumper e Peugeot Boxer: “A escala favorece a competitividade”.
Da Agência Auto Data