Fiat responde por 22% das vendas mundiais da Stellantis

Mais vendida do grupo, marca italiana negociou 1,35 milhão de veículos em 2023

Há quase uma década, em outubro de 2014, era criada a FCA – Fiat Chrysles Automobiles, fusão dos conglomerados italiano Fiat com o estadunidense Chrysler, que reuniu onze marcas de automóveis. Até então, a continuidade de uma delas, a Fiat, a principal do lado italiano, tinha seu futuro sob forte desconfiança dos analistas, com vendas representativas mesmo somente na Itália e Brasil.

A unificação global que visava ganhos de escala produtiva e custos compartilhados foi, portanto, a alça de salvação para os dois grupos e especialmente para a marca Fiat. A histórica marca italiana não só sobreviveu como há três anos é a mais vendida das quatorze da Stellantis, quarta maior montadora do mundo, surgida em 2021 com a fusão da própria FCA com a francesa PSA e que reúne, por exemplo, nomes como Jeep, Peugeot, Citroën e Opel.

Em 2023, 1,35 milhão de veículos vendidos pela Stellantis carregaravam na grade dianteira o acrônimo de Fabbrica Italiana Automobili Torino, empresa criada por Giovanni Agnelli em Turim, em 1899. O número equivale a mais de 20% do total de 6,2 milhões de veículos negociados pelo grupo em todos os continentes. Ou seja, de cada cinco automóveis ou comerciais leves, um era Fiat. A evolução das vendas globais da Fiat foi de 12% em relação a 2022 e a quase totalidade registrada ainda em regiões restritas.

Além de Brasil, Argentina e outros países latino-americanos, também na Europa — na Itália, liderou com participação de 12,8% — e em alguns países africanos. No Brasil, o maior mercado de todos, a marca estabeleceu seu terceiro ano consecutivo na liderança, com 21,8% de participação ao negociar 475,5 mil automóveis e comerciais leves, 35% do total em todo o mundo. A mesma posição foi alcançada na América Latina, com 542 mil veículos vendidos — 45 mil a mais do que no ano anterior — e fatia de 14,5%.

Do AutoIndústria