Fim da manipulação só com jornal popular

A criação urgente de uma imprensa popular, de massas e com circulação nacional é a única  forma dos trabalhadores e movimentos sociais se contraporem e combaterem a manipulação de notícias realizada pelas elites através da imprensa.

Com jornais populares publicando os fatos como eles verdadeiramente ocorreram, a população com pouca ou nenhuma renda passará a ser corretamente informada e deixará de ser um instrumento nas mãos da imprensa das classes dominantes, passando a ter opinião correta sobre os acontecimentos nacionais.

Esta foi a conclusão do painel temático do 5º Congresso sobre o papel da imprensa nos dias atuais. O encontro ocorreu quarta-feira à noite na Sede do Sindicato, com a participação dos jornalistas Raimundo Pereira, editor da Revista Reportagem; Venício Lima, professor da Universidade de Brasília; e Marina Amaral, da revista Caros Amigos.

Todos incentivaram os sindicatos a fazerem como os metalúrgicos do ABC e entrar com vigor no projeto de uma imprensa popular, usando sua força e capacidade histórica. Na opinião dos jornalistas, os trabalhadores têm capacidade para exercer a pressão necessária e mobilizar a opinião pública de forma a fazer com que a população deixe de se guiar apenas pelas informações definidas pelo grande capital e publicadas na grande imprensa.

O presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, respondeu favoravelmente ao apelo dos debatedores e denunciou vários casos de boicote de informações sobre movimento de trabalhadores realizados pelos meios de comunicação recentemente.

“Nunca fomos orientados pela imprensa em nossas lutas e não será agora que isso vai acontecer”, afirmou o dirigente. “Ainda mais neste momento que dispomos de meios alternativos de informação”, prosseguiu. “Com eles, vamos mudar a frase que diz que liberdade de imprensa no Brasil é a liberdade do mais forte imprensar o mais fraco”.