Fim da pandemia está distante
O presidente do Brasil, do alto de seus desvarios (fantasias, alienações, alucinações, delírios), levou a passear, no dia 23, seu sabujo (bajulador) ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sorridente e sem máscara, para exibi-lo a um bando de seguidores e criticar medidas de lockdown e, sem apresentar dados científicos, afirmar que a pandemia está no fim.
A pandemia não está chegando ao seu final, afirma a OMS (Organização Mundial da Saúde). Ao contrário, segue ceifando vidas e, se a quantidade de pessoas vacinadas não aumentar significativamente, com a chegada do inverno, podemos chegar ao final do mês de agosto com mais de 750 mil mortes causadas pela Covid-19.
Nesse contexto, sob um governo de exterminadores confessos e convictos, encontramos um país que bate recorde de extrema pobreza, com 14,5 milhões de famílias vivendo com até R$ 89 por mês/per capita. Nunca se viu tanto sofrimento assim.
Ao dizer que a pandemia está no fim o presidente mente, propositalmente, pouco se importando com o povo brasileiro. Ao contrário, podemos estar prestes a enfrentar uma nova onda com mais pessoas contaminadas, mais internações e mais mortes.
Não é possível prever, com muita certeza, quando a pandemia irá acabar. Além disso, não se sabe, ainda, quanto tempo dura a imunidade oferecida pelas vacinas ou se as novas variantes do vírus serão resistentes aos imunizantes já desenvolvidos.
Podemos dizer que a tendência é que com o aumento constante do número de pessoas vacinadas a circulação do vírus diminua consideravelmente e, assim, possamos chegar a níveis endêmicos da doença, considerando endemia qualquer doença que ocorra apenas em um determinado local ou região, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades. Infelizmente, não é o desejo do presidente.
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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente