Financiamento é carro-chefe das vendas de carros

A compra de veículos por meio de financiamento tem sido a opção de pagamento mais utilizada pelos consumidores, principalmente, para modelos mais populares.  As vendas financiadas representam até 70% em concessionárias da Região. Os restantes 30% são referentes aos negócios realizados à vista, em geral, com modelos de médio porte que entram como parte de pagamento.

Entre as modalidades de financiamento, o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) é a mais procurada. Dados da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) indicam que até setembro, a modalidade atingiu 46%  do total de veículos comercializados enquanto no primeiro trimestre correspondia a 40% e, no segundo trimestre por 43%.

Em concessionárias da Região, o CDC corresponde a 90% das vendas. A Sandrecar, concessionária Ford, com três lojas no ABC, tem a modalidade como o carro-chefe dos negócios. “Pelo menos 95% das vendas são realizadas com o CDC”, confirma o gerente da unidade de Mauá, Rubens Correia dos Santos.

De acordo com Santos, os juros praticados pelo CDC, de 1.22 % ao mês, são mais atrativos para o consumidor. Além disso, os prazos de pagamento, em até 60 meses, se tornam outras vantagens para quem pretende financiar.

Crédito
A compra por meio do leasing, uma operação de crédito que mistura financiamento e aluguel, tem sido destinada mais às pessoas jurídicas, conforme explica Santos. “Há muita burocracia na venda, o que desestimula o consumidor porque, na verdade, a porcentagem dos juros varia pouco, é de cerca de 5%”, explica.

Também na Vigorito, concessionária General Motors,  com duas lojas em Santo André e uma em Mauá, as compras financiadas representam a maioria dos negócios e o CDC lidera a modalidade de vendas. O diretor comercial do grupo, Hermes Schincariol Jr., também concorda que a burocracia é o maior empecilho à escolha do leasing. Em contrapartida, os longos prazos de financiamentos impulsionam o CDC.

A expansão do crédito para financiamento de veículos é um dos grandes responsáveis pelo bom momento da indústria automotiva do País. Diante do cenário, a Anef prevê encerrar o ano com saldo das carteiras de CDC e leasing próximo a R$ 185 bilhões. “Isto porque apostamos na continuidade do crescimento da economia doméstica, que está sustentando o financiamento de veículos. Além disso, não acreditamos em mudanças neste quadro. O desemprego segue em queda e a renda per capita vem aumentando. Esses fatores alimentam a confiança do consumidor, que vem utilizando cada vez mais o financiamento para a aquisição de seu veículo”, analisa Décio Carbonari de Almeida, presidente da Anef.

Do ABCD Maior