Financiamentos de veículos cresce 5,4% em setembro

O volume de veículos financiados em setembro subiu 5,4% com relação a igual mês do ano passado, para um total de 564,5 mil unidades, entre novos e usados, e superou o desempenho de agosto em 10%. Este é o melhor índice de crescimento do ano de acordo com levantamento da Cetip, empresa que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), base de informações que reúne cadastros das restrições financeiras de veículos como garantia de crédito.

Já no acumulado de nove meses, a dinâmica é contrária: houve queda de 6,6% do volume de financiamentos, para 4,65 milhões de unidades, puxada pelos veículos novos, que registrou retração de 11%, para 2,29 milhões de unidades contra as 2,58 milhões do mesmo acumulado de 2013. No segmento de usados, a queda foi bem menor, de 1,8%, para 2,35 milhões de veículos.

Entre as modalidades, o crédito direto ao consumidor (CDC) continua sendo a preferida para os financiamentos, com aumento de 5,4% em setembro sobre agosto e de 11,1% sobre igual mês do ano passado. Os dados mostram que em setembro o ticket médio de financiamento aumentou por tempo de uso de veículos novos subiu 2,8% na comparação anual, passando de 24,7 mil para R$ 25,4 mil. A maior alta, porém, foi de 16,2%, verificada para automóveis com mais de 13 anos de uso, de R$ 9,1 mil para R$ 10,6 mil.

O prazo médio de financiamento praticado em setembro recuou de 39 para 37 meses, enquanto as unidades com até três anos e de quatro a oito anos de uso diminuíram de 43 para 42 meses, na comparação com o mesmo período de 2013. Já as unidades com mais de 13 anos de uso apresentaram alta no prazo médio de financiamento de 37 para 38 meses.

Por sua vez, a Anef, associação que reúne os bancos das montadoras, destaca a manutenção da tendência de queda da inadimplência. Com dados compilados de agosto, os atrasos nos pagamentos acima de 90 dias no CDC para pessoa física apresentou redução de 0,2 pontos porcentuais, fechando o mês em 4,6% contra 4,8% do mês imediatamente anterior: há um ano, o índice era de 5,8%.

“Os ajustes promovidos pelos bancos em suas políticas de crédito, há quase três anos, diminuíram o risco de inadimplência”, pondera Décio Carbonari, presidente da Anef.

 

Do Automotive Business