FITIM promove encontro sobre redes sindicais no Rio de Janeiro
Cerca de 50 dirigentes sindicais metalúrgicos de diversos países debateram durante dois dias a missão das redes, seus resultados e experiências nas empresas transnacionais
O secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Valter Sanches, participou dos debates.
Foto: Divulgação
Nos dias 24 e 25 de março, a Federação Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas promoveu no Rio de Janeiro a reunião da rede sindical de coordenadores em empresas transnacionais.
Participaram do encontro sindicalistas do Brasil, Alemanha, EUA, Argentina, Finlândia, Suécia, Canadá, Japão e Espanha e Índia, entre outros, representando trabalhadores em empresas como ArcelorMittal, Ford, Caterpillar, Daimler e Gerdau.
O encontro debateu a missão das redes, seus resultados e experiências. O secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Valter Sanches, que representou os metalúrgicos que trabalham na Daimler no Brasil explicou como atua a rede no Brasil e também falou do Comitê Mundial dos Trabalhadores, que representa os interesses dos metalúrgicos da montadora alemã em todo o mundo.
“Já fizemos acordos por meio da rede, que evitou fechamento de plantas e também promovemos solidariedade entre os companheiros por meio de greves nas distintas plantas da Daimler pelo mundo”, afirmou.
O representante da rede na SKF, Erik Andersson, explicou que a rede se reúne anualmente com o presidente da companhia, junto com o secretário-geral do sindicato sueco IF Metall. Ele afirmou que a dificuldade com os diferentes idiomas ainda tem sido uma questão a ser superada para criar laços com sindicatos de outros países.
O japonês Masahiko Ichinowatari, do sindicato IMF-JC, relatou o funcionamento nas redes de trabalhadores na Honda, Nissan e Toyota, destacando a importância das redes bilaterais, para assim posteriormente iniciar reuniões globais.
Jorge Garcia Orgalles, coordenador das redes sindicais na Tenaris e Gerdau expôs as tarefas do coordenador, apontando especialmente para a busca de oportunidades e a utilização de todos os recursos possíveis para o bom funcionamento de uma rede.
“Para o bom funcionamento das redes é importante a capacitação. É como construir uma casa: se ela não tem uma base sólida, cairá”, assinalou Uday Mahale, da Índia.
Segundo o secretário-geral adjunto da FITIM, Fernando Lopes, o encontro foi benéfico para o desenvolvimento das redes. “Este tipo de atividade permite que todos conheçam a realidade dos sindicatos, seus problemas e avanços, que são fundamentais para o estabelecimento de novas redes e para potencializar as já existentes”, finalizou.
Via CNM/CUT (Valter Bittencourt – CNM/CUT e Valeska Solis – FITIM)