Ford abre 100 vagas em São Bernardo

Para atender ao crescimento da produção de caminhões e do novo carro, montadora contratará 100 metalúrgicos. Eles serão escolhidos a partir de indicações dos próprios trabalhadores.

A partir de dezembro,
a Ford vai contratar 100
trabalhadores para atender
a demanda por caminhões e
também em função do novo
carro que será lançado em
janeiro de 2008.

Essas contratações são
resultado de um longo processo
de luta do SUR por
investimentos na unidade
de São Bernardo, iniciado
em 1998, ano em que a fábrica
demitiu 2.800 trabalhadores.

“Desde aquele momento
passamos a lutar
pelo fortalecimento das
fábricas de caminhões e
automóveis, e agora as
contratações acontecem”,
comemorou o diretor do
Sindicato Teonílio Monteiro,
o Barba, trabalhador na
montadora.

A Ford está investindo
R$ 300 milhões na fábrica de
caminhões para aumentar a
capacidade de produção do
modelo Cargo das atuais 80
unidades para 95 unidades
dia a partir de março do
próximo ano.

Barba disse que parte
do dinheiro será aplicada na
melhoria das condições de
trabalho.

O novo carro, conhecido
como modelo B 402, está
recebendo investimentos de
R$ 120 milhões e será lançado
em janeiro.

Contratações serão sociais

trabalhadores na Ford
vão receber uma ficha para
indicar um companheiro
e todos os indicados serão
chamados a participar do
processo de seleção.

Essa foi uma exigência
do Sindicato e do SUR. “O
trabalhador que vai fazer a
indicação viveu intensamente
o período no qual a fábrica
estava à beira do fechamento
e caberá a ele contar
essa história de luta ao novo
companheiro de trabalho”,
comentou Barba.

O SUR também negociou
que 10% das vagas
devem ser destinadas a trabalhadores
sem o primeiro
grau e a partir de 40 anos,
com o compromisso de que
ele retorne à sala de aula.

A montadora não pode
utilizar as contratações para promover a rotatividade.
Elas são por 12 meses, renováveis
por mais seis meses,
podendo se transformar por
tempo indeterminado.

Essa é a expectativa do
pessoal do SUR e do Sindicato,
já que o mercado continua
crescendo. “O desafio, agora,
é fazer com que a fábrica
trabalhe em dois turnos, o
que significará mais contratações”,
comentou Barba.