Ford faz proposta, mas revendas rejeitam e pedem R$ 1,5 bi

A Ford ofereceu um acordo de indenização para a rede de distribuidores da marca, que tem atualmente 283 lojas no país. A Abradif, entidade de reúne os revendedores da marca americana rejeitou a proposta e entrou com uma ação extrajudicial contra a ex-montadora nacional. A entidade  calcula em R$ 1,5 bilhão o valor da rede.

Com o fechamento de três fábricas, que pegou a rede Ford de surpresa, a Associação Brasileira de Distribuidores Ford, pede um montante para rescisão maior que o ofertado pela empresa americana. Na ação, a Abradif pede a recompra do estoque de veículos zero km e do ferramental usado nas oficinas, assim como o custo do investimento em obras para manter o padrão da Ford. Estão inclusos ainda material de propaganda e treinamento, aluguéis e ressarcimento de 24 meses de faturamento.

O motivo deste último é a pandemia de coronavírus, que fechou o mercado e atingiu as vendas dos distribuidores Ford. Nessa questão de vendas, a Abradif diz que a empresa de Dearborn não quer incluir as vendas diretas. Por ora, a Ford ainda não teria definido o número de concessionárias que ficarão, mas a estimativa é que gire em torno de 120, podendo alcançar 130, mas não mais.

Um revendedor disse que o faturamento de quem ficar será de 20% do anterior, devido à venda de carros caros e importados. Para piorar a coisa, já existe o temor na rede Ford de que os que ficarem terão um prejuízo ainda maior. O motivo é o receio de que a Ford não se sustente por mais de dois anos no mercado, vendendo apenas carros importados e isso significará uma indenização 80% menor do que a atual. Algo ainda não estimado é a reação do mercado à marca.

Do Notícias Automotivas