Formação é essencial para enfrentar os desafios
Foto: Adonis Guerra
O momento é de grande desafio para a categoria, diante das pressões que estão colocadas. As 364 demissões anunciadas pela Ford e as reformas que vêm sendo votadas sem considerar a opinião popular são os exemplos mais recentes de como a formação é necessária para o enfrentamento das adversidades.
Formação em Cajamar
Na última sexta-feira, 11, participei do Seminário de Planejamento, em Cajamar, que contou com a participação dos 64 integrantes do CSE de São Bernardo. Durante três dias, os dirigentes participaram da formação e debateram os principais assuntos que preocupam a categoria. Estas discussões são fundamentais para fortalecer a luta e munir, não só os dirigentes, mas também a companheirada no chão de fábrica, de informações importantes para este enfrentamento.
Demissões na Ford
Um reflexo da reforma Trabalhista, que só entra em vigor em novembro, foi o que aconteceu na Ford na última semana. Percebemos que os patrões já se sentem mais à vontade para tomar atitudes como esta mesmo que a lei ainda não esteja em vigor. Um dos pontos da reforma permite que a empresa execute uma demissão em massa, sem tratativas com o Sindicato, como fez a montadora na última quinta. Por isso, desde o início, quando o Congresso começou a debater essas mudanças, o Sindicato é contra essas alterações de mais de cem direitos, previstos na CLT, e tem publicado na Tribuna e alertado a categoria de seus efeitos nefastos.
Reforma da Previdência
Além da reforma Trabalhista, teremos que enfrentar a reforma da Previdência, que acaba com a aposentadoria, e tentar derrubá-la na votação na Câmara Federal. Sabemos que esse será mais um momento de resistência, especialmente para a nossa categoria, que tem menos de 1% de trabalhadores com 65 anos ou mais, idade mínima que será exigida para receber o benefício, se a reforma da Previdência for aprovada. Quem propõe a reforma não entende a realidade do chão de fábrica nem do trabalho pesado na linha de produção.
Da Redação.