Formação sindical e negociação coletiva
Comente este artigo. Envie um e-mail para formacao@smabc.org.br
A negociação coletiva sempre foi uma tarefa desafiadora para o dirigente sindical, tanto pela complexidade das questões presentes na pauta de negociação, como no próprio exercício permanente de manter a base organizada para legitimar o processo negocial.
Nesse sentido, a formação sindical é fundamental ao capacitar as lideranças sindicais para desempenharem o seu papel de forma mais qualificada nas mesas de negociação. Como sabemos, a construção da pauta de negociação é um longo e complexo processo de escuta e diálogo com a base, combinado com uma leitura adequada do conjunto de fatores que influenciam a negociação, como a conjuntura econômica e política, mudanças na organização do trabalho e da produção, e inovações tecnológicas, entre outros fatores.
As mudanças nas estratégias das empresas são cada vez mais constantes e exigem uma atualização permanente a respeito do impacto que exercem sobre os trabalhadores. Principalmente em um contexto de polarização política, em que os sindicatos tem sido alvo permanente de ataques dos setores neoliberais em aliança com a extrema direita, turbinado pelas fake news, que tem invadido as redes sociais e influenciado as opiniões e o comportamento dos trabalhadores e trabalhadoras.
A luta cotidiana no local de trabalho é a grande escola de formação do dirigente sindical no seu permanente fazer e refazer-se como representante dos trabalhadores. Ocorre que, esse aprendizado precisa ser complementado com debate e reflexão permanentes como recurso necessário para enfrentar os desafios que se apresentam no tempo presente. Essa tem sido a combinação virtuosa que os metalúrgicos do ABC têm colocado em prática nas últimas décadas. O início da nova temporada de formação sindical 2024/25, que começou nessa semana, retoma essa longa caminhada.
Departamento de Formação