Fórum Econômico de Davos: Ao invés da Alca, diálogo comercial direto

A implantação da Alca conforme as pretensões dos Estados Unidos sofreu um revés no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O governo brasileiro propôs ao governo norte-americano um diálogo comercial direto entre os EUA e os quatro países do Mercosul, sem esperar as negociações emperradas sobre a Alca – Área de Livre Comércio das Américas.

Projetada para estar em funcionamento a partir deste mês, a intenção inicial dos americanos era a de conseguir a abertura irrestrita dos mercados em todos os países sul-americanos.

Desde o seu início, o governo Lula trata o assunto em banho maria. A integração econômica interessa ao Brasil, mas não do jeito como quer o governo de George W. Bush.

Para o chanceler Celso Amorim, o diálogo direto seria o meio mais simples para conseguir mercado aos produtos brasileiros e latino-americanos.

Na prática, isso significa debater a redução ou eliminação de tarifas de importação de bens de consumo entre os países. Ficaria para a Alca o debate das regras que afetam o comércio.

Por ser mais interessante aos países do Mercosul, o representante norte-americano para o Comércio Exterior, Roberto Zoellick, disse que acha difícil um acordo nesses níveis.