Fórum Mundial da Educação Profissional e Tecnológica

“O ensino é o passaporte que permite à pessoa ingressar na economia e, ao mesmo tempo, exclui socialmente quem não possui escolaridade”.

A frase é do professor Paul Singer, que participou na semana passada do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica em Brasília, e discute a importância da educação no processo de inclusão.

O fórum nos trouxe os seguintes dados: temos 209 milhões de pobres na América Latina, 38,8% do total da população. Apesar dos enormes avanços do Brasil nos últimos anos, vivemos ainda em grande desigualdade social.

Se a escolaridade, como o professor coloca, é um elemento fundamental para que a população excluída tenha condições mínimas de melhoria de vida, com melhores salários e melhores colocações no mundo do trabalho, temos um enorme desafio nesta área.

Para o ano de 2010, o Ministério da Educação prevê que teremos 354 escolas técnicas, 154% a mais do que tínhamos em 2002.

Mas o debate deve levar em consideração a realidade que as pessoas vivem, garantindo que tenhamos escolas cuja preocupação vá além do desenvolvimento de habilidades técnicas e que considere o ser de forma integral, nas suas diversas dimensões.

No Fórum Mundial, este debate sobre a qualidade também esteve presente e, entre os participantes, estava Silvia Manfredi, do Instituto Paulo Freire, na Itália, que discutia a importância de desenvolvermos cursos profissionalizantes que considerem as experiências acumuladas pelos/as trabalhadores/as ao longo de sua trajetória de vida.

Estiveram presentes em Brasília educadores, estudantes e diversas entidades, entre elas a CUT, que ocupou um papel importante neste debate. Enfim, representantes do mundo inteiro estiveram discutindo a proposta de uma educação profissionalizante que parta do olhar e das necessidades dos/as trabalhadores/as… Participemos desta construção coletiva.

Departamento de Formação