França investiga Renault e Stellantis por eventual fraude em emissões
Decisão da Corte de Paris é um dos reflexos do ''dieselgate'' protagonizado pela VW
O governo francês segue de olho na indústria automotiva e tomou medidas duras contra a Renault e algumas marcas da Stellantis. A decisão é um reflexo das investigações iniciadas há cerca de seis anos por conta do “dieselgate”, como foi apelidado o escândalo de fraude nos carros da Volkswagen, que contavam com um software malicioso para burlar testes de emissões e emitir muito mais gases tóxicos do que o permitido.
No começo da semana, a Renault foi forçada a pagar uma fiança de 20 milhões de euros e apresentar garantias financeiras da ordem de 60 milhões de euros para cobrir possíveis danos potenciais, multas e compensações por perdas que eventualmente poderão ser definidas pelas autoridades francesas dependendo do resultado final das investigações.
De acordo com o sistema judiciário francês, os magistrados podem acusar empresas ou indivíduos quando constatados indícios “sérios e consistentes” de provável envolvimento em algum ato ilegal. Em comunicado, a Renault declara que não realizou qualquer irregularidade em seus carros.
A Peugeot, por sua vez, também foi colocada sob análise pela Corte Judicial de Paris em uma iniciativa semelhante à da Renault. Agora uma marca que integra a Stellantis, a Peugeot foi forçada a pagar uma garantia (fiança) de 10 milhões de euros, que será usada para cobrir custos de eventuais multas e a representação da empresa na Corte, e oferecer mais 30 milhões de euros em garantias bancárias.
Do Autoo