Frentes: Continuaremos a defender a Constituição e a tolerância
Foto: Adonis Guerra
As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo divulgaram nota no domingo em que destacam o processo de resistência em defesa de outro projeto político e social e reafirmam que é preciso se reorganizar e manter a mobilização.
“A eleição terminou, mas a luta está apenas começando: seguimos de cabeça erguida resistindo pelo Brasil! Vivemos um processo eleitoral totalmente atípico. Desde o encerramento do período militar não tínhamos a prisão política de um líder, como a de Luiz Inácio Lula da Silva, injustamente condenado, e que teve sua candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral”, diz a nota.
“Um processo em que forças que atuavam, até então, nos porões do país, emergiram a disputa presidencial provocando uma grande onda de ódio e violência contra o povo brasileiro. Nossa candidatura foi uma resposta democrática ao arbítrio que contamina o cenário político desde o golpe parlamentar que, em 2016, derrubou a presidenta Dilma Rousseff”, prossegue.
De acordo com as Frentes, o resultado das eleições representa uma ruptura política, que estão representados no assassinato de Marielle, de Moa Katendê – líder capoeirista, Charlione – jovem cearense que ainda ontem participava de uma carreata. “Eles ameaçam as nossas vidas por lutarmos por um país igual e justo. Mesmo sob balas, resistimos em defesa da soberania nacional, violentada de tantas maneiras nos últimos dois anos”, afirma.
“Apesar de tantos obstáculos, nossa aliança organizou uma poderosa resistência por todo o país, que levou à realização do segundo turno e a um formidável movimento em defesa da civilização contra a barbárie, da democracia contra a ditadura, do amor contra o ódio. Nesse segundo turno, que hoje se encerra, homens e mulheres de todos os quadrantes se manifestaram a favor dos pilares constitucionais de nosso país. Essa jornada jamais teria sido possível, porém, sem a dedicação e a valentia dos movimentos sociais e setores democráticos da sociedade”, diz.
“Continuaremos a defender a Constituição, a tolerância, um Brasil de todos e a combater o perigo da ditadura, a eliminação das conquistas sociais, a venda do patrimônio público, a entrega das riquezas nacionais, o racismo e a misoginia, a homofobia e a ameaça da violência institucionalizada. Neste momento, é fundamental continuarmos juntos e coesos em torno da democracia, da soberania nacional e da luta por direitos”, conclui.