Fris Moldu Car: Greve entra no terceiro dia e vai a julgamento
Os companheiros na Fris Moldu Car, de São Bernardo, decidiram continuar a paralisação iniciada segunda-feira. Movimento foi para dissídio no TRT-SP.
Em assembléia realizada ontem pela manhã diante da fábrica, os trabalhadores na Fris Moldu Car, de São Bernardo, decidiram por unanimidade continuar a greve iniciada segunda-feira. A fábrica não apresentou qualquer novidade que atenda suas reivindicações.
Ao contrário, mesmo alertada que sua resposta era insuficiente e seria derrotada, a Fris apresentou os mesmos pontos. Como previsto pelo Sindicato, a proposta foi rejeitada.
A empresa insiste em reduzir os salários dos companheiros e não pagar as férias atrasadas. Todos os acordos firmados com os trabalhadores não são cumpridos. O FGTS, o INSS e outras obrigações legais estão há anos atrasados.
Justiça
Diante da intransigência da Fris, o Sindicato entrou ontem com pedido de dissídio junto ao Tribunal Regional de Trabalho (TRT) de São Paulo. “Esperamos que o julgamento da greve seja marcado o mais rápido possível e que diante de tantos desmandos os juízes reconheçam os direitos dos companheiros”, afirmou ontem Juarez Barros, o Buda, diretor do Sindicato.
O dirigente lamenta as informações recebidas de que a Fris está ameaçando radicalizar suas posições e chamar a polícia contra um movimento legítimo e impedir a manifestação dos companheiros em defesa de seus interesses.
“Este procedimento não se justifica porque todas as paralisações foram realizadas pacificamente. Foram manifestações livres e espontâneas do pessoal”, destaca Buda.
“Diante dessa ameaça, os trabalhadores devem se manter firmes para que alcancemos êxito nesta luta”, alerta o diretor do Sindicato. “O pessoal não pode deixar de pensar que por trás de cada um estão as necessidades de suas famílias, dos filhos e dos próprios companheiros”, finaliza Buda.