Fumo, vitaminas e fake News
Recentemente um vídeo que circulou nas redes sociais sugeria que vape (cigarro eletrônico) poderia ser usado também para ingestão de vitaminas.
A quantidade absurda de substâncias presentes no fumo em si (conforme o estudo e o que se quer avaliar, varia de 600 a 5.000 substâncias únicas), em sua maioria voláteis (se espalham pelo ar), o tornam um problema para a sociedade enquanto poluição do ar, do ambiente e de saúde pública.
Após a última manobra da indústria do tabaco com os aditivos (substâncias que aumentam o efeito desejado – que no caso é o vício), as normas e restrições de muitos mercados empurraram a indústria (e aproveitadores de ocasião) para alternativas de consumo: os vape.
Esses cigarros eletrônicos trariam parte (controlada) da experiência de fumar, com uma menor poluição (fumaça e cheiro), tornando-os menos agressivos aos olhos e olfato da população e órgãos reguladores.
E com esse mercado de espertalhões, sempre movido pelo “senso de oportunidade”, não poderia faltar uma vantagem extra. No caso do vídeo, uma frequentadora de academia de ginástica diz que aquele vape também teria vitaminas.
O golpe está aí, qualquer pessoa com discernimento percebe. Não, vitaminas não são absorvidas “pela mucosa”. Pegar parte de informação correta para justificar um absurdo é o mote dos aproveitadores atuais. O problema maior da sociedade atual é a educação. Sem esta, as pessoas não sabem o suficiente para não cair nas “fake news”: mentiras com intenção de prejudicar os incautos.
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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente